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Associação 'Fanfarra Frei Mateus' quer preservar fanfarras nas escolas
Por Diário de Cáceres/Clarice Navarro
21/07/2015 - 09:47

Foto: Paulo Ourives, assessor de comunicação da Associação Fanfarra Frei Mateus

Em 2012, as lembranças venceram a correria do dia a dia de dezenas de “quarentões”, que acharam tempo para pegar novamente bumbos, surdos, pratos, cornetas e reavivar a Fanfarra do Instituto Santa Maria, ou a “Fanfarra do Frei Mateus”. Eles desfilaram na nova composição, que reuniu ex-alunos de várias turmas, para homenagear o frei holandês, educador e por décadas instrutor da fanfarra, que  tinha acabado há vinte anos, mas que, no período em que funcionou, contagiava a todos nos desfiles. A reunião do grupo não só matou as saudades, como fez brotar sementes, e a “Fanfarra Frei Mateus” se tornou uma associação, já em fase final de organização. Daqui a poucos dias, com o CNPJ em mãos, os integrantes vão começar a colocar em prática vários projetos culturais. Um deles tem por objetivo justamente não deixar a fanfarra parar de novo. Para isso, eles convocam estudantes de todas as idades, que saibam ou não tocar um instrumento, para integrar a fanfarra. “O objetivo é repassar o que sabemos e fazer com que as escolas voltem a ter suas fanfarras. Iremos visitar todas as escolas expondo nossas ideias”- afirma o vice-presidente da Associação, Enilson Ourives.

Os integrantes da velha guarda, que em 2012 eram 40 quando desfilaram novamente na Avenida Sete de Setembro, hoje são mais de 60.Eles Eles ensaiam todas as terças-feiras no ISM, a partir das 19:30 horas, e quem quiser participar, pode aparecer por lá.

 “Quando homenageamos o frei Mateus, juntamos ex-alunos do Instituto Santa Maria e também ex-integrantes da Fanfarra Reunidas –que era uma mistura de fanfarras de várias escolas. Infelizmente fanfarras não são mais comuns como antigamente. E um desfile cívico-escolar não é o mesmo sem uma fanfarra. Além de aprender a tocar um instrumento, cada integrante assimila também noções de amizade, companheirismo e disciplina. São valores que trazemos conosco no decorrer da vida, e isso nós pudemos comprovar quando nos reunimos tantos anos depois”-relata Enilson.

Mas a ideia da Associação vai além de formar novas fanfarras. Resgatar e preservar a cultura local, com aulas de siriri e cururu é uma das propostas. Cursos de pintura em tela e outras formas de manifestações culturais também integram a lista de propostas. “Estamos na frase embrionária, mas o primeiro passo, fundamental, foi a formação da associação. Estamos  esperando  sugestões e mais participantes”- conclui o vice-presidente, que deixou seu celular a disposição para quem se interessar e quiser mais detalhes e informações: Enilson Ouriver-(65) 9616-6912.

 

 

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