Um dos cinco mortos hoje em confronto com policiais da região de Campos de Júlio é irmão de um cabo da Polícia Militar lotado no 6º Batalhão de Polícia Militar, regional de Cáceres. A identidade do cabo está preservada, e a identidade dos mortos ainda não foi divulgada. O irmão do cabo morava com ele em Campos de Júlio e seria o "apoio" da quadrilha do novo cangaço, que agiu ontem na cidade assaltando, às 10 horas da manhã, a agência do Banco do Brasil da cidade. Teria sido ele, por exemplo, a passar a informação que a agência estava com volume maior de dinheiro, pois faria o pagamento a funcionários de uma usina da região. Os assaltantes foram localizados em uma fazenda e resistiram à prisão. Mesmo após as mortes, o cerco continua, pois 3 assaltantes estão foragidos. Os oito homens entraram na agência ontem às 10 horas e fizeram um escudo humano em frente ao local, impedindo a aproximação da polícia. Fugiram utilizando duas camionetes e levando dois gerentes como reféns. Na fazenda, parte do dinheiro roubado foi localizado, mas não há informação do montante levado. O comandante do 6º BPM, major Adalberto Gonçalves de Paula, informou que o coronel Cilson de Oliveira Silva, comandante regional da PM, continua em Campos de Júlio, juntamente com policiais de operações especiais. Segundo ele, a forma de agir mostra mesmo que a quadrilha pertencia ao novo cangaço que tem agido em várias regiões do Estado. "Um grupo chega à cidade em foco e "arebanha" comparsas locais e da região. Usar pessoas como escudo é oura peculiaridade do novo cangaço. Esperamos que a responsta que eles tiveram à ação praticada em Campos de Júlio intimide novas ações"-disse. Além do dinheiro, a polícia apreendeu também armamento pesado utilizado pela quadrilha.