Os corpos dos cinco assaltantes mortos durante um confronto com a Polícia Militar foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Tangará da Serra, a 242 quilômetros de Cuiabá.Eles foram levados para lá porque na região dos fatos não há médico legista. Os integrantes da quadrilha invadiram uma agência bancária no município de Campos de Júlio, a 692 km da capital e foram mortos após trocar tiros com os policiais nesta quinta-feira (9). O comandante da PM de Comodoro, capitão Mário Roberto Pereira, que coordenou a operação, afirmou que todo o material apreendido como celulares, anotações, documentos e armas foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Comodoro, que vai começar a investigar a origem desse material e tentar chegar a outros integrantes da quadrilha que não agiram diretamente na ação, e sim no suporte. O oficial ressaltou a ação dos policiais afirmando que toda a Polícia Militar teve sua parcela de contribuição no sucesso da missão: o serviço de inteligência, o Bope, o Cioaper, até o policial que levou alimentação aos companheiros que faziam barreiras. Todos. Não há uma ramificação da PM a ser destacada mais que a outra. Somos uma instituição". Dos cinco mortos, estão identificados: Francisco Cardoso dos Santos Neto,21 anos, natural de Goiás; Weverson Aparecido Campos da Silva, origem não definida, de 24 anos, e André Luiz Pinheiro Borges, de Cáceres, 26 anos. Este último é irmão de um cabo da PM que trabalha em Campos de Júlio, mas ao contrário do que foi noticiado, ele não morava com o irmão, e sim em Cáceres. O cabo informou que não tinha contato com o irmão há seis meses. O comando regional da PM informou, a respeito deste fato, que está tudo sendo investigado com muita cautela. O cabo tem uma vida pregressa limpa e inclusive participou na ação para conter o assalto e para capturar os bandidos, sem saber que entre eles estava o próprio irmão. O capitão Pereira afirmou que há 23 anos atuando na PM, constata que o bandido está se especializando a todo momento. "Não podemos afirmar que esta ação vai acabar com o novo cangaço, mas podemos dizer que o Estado deu uma resposta a eles, e a resposta é: podem vir que estamos preparados". Os corpos não identificados estão no IML de Tangará, esperando que familiares procurem e com os peritos tentando a identificação dos mesmos através das impressões digitais.