Os casos de microcefalia continuam avançando em Mato Grosso. De acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde (MS), já são 198 casos notificados, no Estado. Do total, 113 em investigação, 14 confirmados e 71 descartados. Em todo o Brasil, são 4.046 casos suspeitos da má-formação do cérebro, sendo que 170 já tiveram a confirmação laboratorial para o vírus Zika.
Da região Centro-Oeste, Mato Grosso é o com maior número de notificações. O vizinho Mato Grosso Sul, por exemplo, tem 18 notificações, sendo dois confirmados, cinco em investigação e onze descartados, conforme dados do MS.
No Estado, os casos de microcefalia estão distribuídos em 32 municípios, a maioria concentra-se em Rondonópolis e Cáceres. O número de óbitos são cinco, mas ainda aguardam o resultado de exames para confirmação das causas.
Os casos de microcefalia são descartados após reavaliação em consulta médica do perímetro encefálico junto à curva de desenvolvimento infantil estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), constatando que o mesmo estava dentro da normalidade e sem alterações do sistema nervoso central.
Já o Ministério da Saúde continua investigando todas as notificações da má-formação e outras alterações do sistema nervoso central, informadas pelos Estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. Isso porque a microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos, além do zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
Além disso, um estudo recente de caso-controle realizado na Paraíba mostra, preliminarmente, que mães que tiveram o vírus zika no primeiro trimestre da gestação, apresentaram maior probabilidade de terem crianças com microcefalia.