O pantanal mato-grossense pode liderar o ecoturismo na Europa até 2020, superando grandes marcas do segmento como Tailândia e África. Para isso terá que intensificar a integração entre municípios, programas e rotas turísticas.

O tema foi debatido durante o painel “O novo pantanal mato-grossense”, realizado na manhã desta quinta-feira (21.04), na Feira Internacional de Turismo do Pantanal (FIT Pantanal), realizada no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá.

O painel contou com a mediação do diretor do Aras Eco Lodge, André Thuronyi e teve três temas centrais: Relevância da integração de roteiros para a competitividade turística do Pantanal; Safáris no Pantanal: Negócio e Sustentabilidade; e Experiência gastronômica no Pantanal Mato-grossense. O objetivo do painel era criar um panorama do novo mercado do turismo.

Conforme o consultor Álvaro Ornelas, um dos palestrantes do evento, para que o pantanal mato-grossense se torne um dos principais pontos do ecoturismo no mundo é necessário uma série de fatores. 

“O pantanal precisa estar mais unido e focado no cliente final para que se consiga se vender de forma integrada. Por exemplo, Poconé e Cáceres, que são dois dos municípios de entrada do Pantanal, precisam trabalhar de forma integrada para vender o produto ‘pantanal mato-grossense em conjunto de forma internacional. Pois o que o mundo compra é o produto pantanal”.

Segundo Álvaro, cidades do extremo norte do Estado já vem realizando este trabalho para divulgar a Amazônia mato-grossense. “Precisamos criar este novo olhar para o pantanal mato-grossense. Inclusive, no quesito marca. Quando se fala em pantanal não se lembra de Mato Grosso e sim de Mato Grosso do Sul, por isso a importância de reforçarmos a marca do Pantanal Mato-grossense”.

Além da qualidade dos pontos turísticos do Estado, Mato Grosso ainda conta com uma cultura e uma culinária extremamente rica e isto também pode ser utilizado como chamariz para atrair turistas. Como ressalta o chef e consultor gastronômico, Fernando Mack.

“O principal produto de exportação do Peru é a cozinha, primeiro porque faz sucesso lá dentro, pois eles tem muito orgulho de falar dos produtos. E agora nós voltamos a ter uma juventude que tem orgulho dos nossos produtos e nós temos muitos produtos com um potencial muito grande”.

De acordo com Fernando, a culinária tem uma importância significativa para o turismo, como a interpretação cultural do sabor. “Aquilo que você prova e fica armazenado e faz você lembrar da sua viagem, quando como prova um shoyo lembra do Japão, ou uma moqueca e lembrar da Bahia ou Espirito Santo. A gente tem que trazer essas lembranças gustativas, que vão trazer uma memória gastronômica e as pessoas vão entender um pouco mais da nossa cultura de Mato Grosso, que tem que estar associada ao turismo”.

FIT Pantanal

A programação do evento segue até domingo (24.04). Todos os dias, a partir das 18h, os portões da FIT Pantanal estão abertos gratuitamente para visitação. A programação se estende até às 22h, no Pavilhão das Nações. No sábado (23.04) e domingo a feira abre um pouco mais cedo, às 16h.

A FIT Pantanal é realizada pelo Governo do Estado, por meio da Sedec, e o Trade Turístico de Mato Grosso com o apoio do Ministério do Turismo e do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Prefeitura de Cuiabá, Senac, Sebrae, Sesc, Fecomércio, além de outras entidades.