Além da melhora na qualidade do produto, a nova Estação de Tratamento de Água (ETA), em Cáceres, está fornecendo água fluoretada ao consumidor. Elemento químico, o flúor é utilizado na prevenção e controle da cárie dentária e, há muito tempo, sua utilização vinha sendo defendida nas escolas e, principalmente, por dentistas devido ao elevado índice de cáries em crianças, em idade escolar. O processo de fluoretação foi implantado, na inauguração da ETA, no dia 6 de outubro, mas, somente agora divulgado ao público.

Todo processo de fluoretação, de acordo com o diretor da autarquia Águas do Pantanal, engenheiro Paulo Donizete, foi elaborado em conformidade com as normas e critérios, do Ministério da Saúde, no sentido de garantir toda segurança na utilização do produto, junto ao consumidor. “O padrão de fluoretação implantado em Cáceres, obedece às normas estabelecidas pela Portaria N. 635/1975 que aprova o decreto preconizando análises diárias e mensal da concentração de flúor nas águas” explica.

Destaca que além da melhora na qualidade da água, a ideia é ajudar na prevenção e controle da cárie, principalmente, em crianças. “A fluoretação é uma medida de saúde pública. Existem estudos que comprovam a redução de 65% na cárie dental de crianças, em municípios onde o processo foi implantado” diz acrescentando que, além da prevenção da cárie a utilização do flúor não adiciona nenhum custo a tarifa. “Estamos proporcionando mais esse benefício sem nenhum custo adicional na tarifa” garante.

Em Mato Grosso menos de 5% dos municípios fluoretam as águas de abastecimento: Primavera do Leste e Mirassol são exemplos que praticam a fluoretação e agora Cáceres. Conforme especialista, o flúor, veiculado pela água, é absorvido pelo organismo e exerce efeito preventivo local. Isso não decorre somente da passagem do flúor pela cavidade oral e pelos dentes no momento da ingestão da água fluoretada ou sucos e alimentos preparados com ela, mas também pela presença do flúor na saliva.

É esta saliva contendo flúor que protege os dentes contra a doença, pois ela adquire um efeito bacteriostático, impedindo ao menos parcialmente, a multiplicação dos microrganismos que causam a cárie. A fluoretação da água para consumo humano é o método recomendado por mais de 150 organizações de ciência e saúde, incluindo a Federação Dentária Internacional (FDI), a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) entre outras.