O início da construção do primeiro viaduto na Avenida São Luiz, no entroncamento da Avenida Nossa Senhora do Carmo, bairro do Junco, em Cáceres, está previsto para o primeiro semestre de 2018. Os recursos de R$ 15 milhões serão liberados em duas etapas de R$ 7.5 milhões.

O projeto elaborado pelo Departamento Nacional de Infreaestura e Transporte – DNIT prevê a construção de três viadutos que completariam a travessia urbana do município. O valor total da obra gira em torno de R$ 85 milhões.

            A afirmação é do empresário Júlio Borges, o “Júlio da Semelc” presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento e representante do senador Wellington Fagundes (PR), em Cáceres. De acordo com o empresário, a primeira parcela para edificação do primeiro viaduto será liberada pelo governo federal, já no segundo semestre deste ano. “O senador já confirmou junto ao Ministério dos Transportes a liberação da primeira parcela de R$ 7.5 milhões para início dos trabalhos, no primeiro semestre de 2018”.
          
  Conforme o presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento a construção do viaduto é uma antiga reivindicação da população e de parte da classe política local, que veem na obra uma forma de diminuir os riscos de acidentes naquele ponto. “Estudos elaborados por técnicos do DNIT comprovam a necessidade do viaduto para evitar os acidentes, muito com vítimas fatais, naquele ponto da rodovia” assinala lembrando que, levantamentos da PRF apontam em média, 20 acidentes, anualmente na travessia urbana do município.
           
O projeto para a completa travessia urbana de Cáceres, do trecho compreendido entre o Portal Temático do Município, o conhecido “Caranguejão” até a ponte Marechal Rondon, comtempla a construção de três viadutos, com pistas duplas, no sentido de facilitar o tráfego de veículos, bem como a redução do número de acidentes. Contudo, segundo Júlio da Semelc, de imediato será construído o do entroncamento entre a Avenida São Luiz e a Nossa Senhora do Carmo, em frente a Faculdade do Pantanal.

            O projeto prevê a construção em 6 meses. Dividido em duas parcelas, a segunda, será liberada no segundo semestre de 2018. Os demais viadutos que completam a travessia, de acordo com o empresário, serão construídos após a conclusão do primeiro. Os outros dois, conforme o projeto estão orçados em R$ 70 milhões, que segundo Júlio da Semelc, serão executados com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento – PAC, através do projeto “BR Mais”.

Dividindo opiniões

            Apesar da importância, a execução do projeto, divide a opinião dos moradores dos bairros adjacentes. Um grupo liderado por presidentes de bairros defendem a execução da obra. Por outro lado, empresários localizados nas laterais da avenida, resistem. Em audiência pública, os moradores foram unânimes em apoiar a construção. Já os empresários lutam para impedir. Eles alegam que a obra irá “matar” o comércio local.

            Liderados pelo ex-vereador Tarcísio Paulino, proprietário do hotel Porto Belo, os empresários defende um melhor estudo do projeto de forma que aponte uma saída para não causar prejuízo aos comerciantes. “É necessário que haja um estudo mais detalhado do projeto. Do jeito que está os viadutos podem evitar mortes na rodovia, mas vão matar o comércio local” afirma.

Já os presidentes de bairros da região, entre eles do Junco, São Lourenço, Jardim Cidade Nova, Marajoara e Santa Cruz se manifestam favoráveis a obra. ‘Esta é uma região de muitos acidentes, o viaduto certamente irá diminuir a incidência, principalmente, de mortes, já perdi amigo no local’, disse o presidente do bairro Santa Cruz, Félix do Gefron.

‘Vai melhorar e muito diminuirá os acidentes, somos favoráveis e estamos ansiosos por essa obra esperada há muito, que beneficiará sem dúvidas toda essa região que dá acesso a muitos bairros e pousadas’, afirmou Creudes Rodrigues da Silva, presidente do Bairro São Lourenço e comerciante no local.