O jovem Rones da Silva Ribeiro, de 19 anos, que teve a prisão decreta na última quarta-feira (28) suspeito de ter matado e roubado o fazendeiro Elizeu Lacerda, em Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá, relatou em depoimento à Polícia Civil que cometeu o crime sozinho e que matou a vítima porque ela não gostava dele. O irmão de Rones, Sandro Ferreira da Silva, de 28 anos, também está preso.
O suspeito está preso em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, onde responde pelo crime de furto e cumpriu medida socioeducativa por ter matado e esquartejado dois meninos, de 7 e 8 anos, primos dele.
"Ele não demonstrou arrependimento em momento algum. É uma pessoa extremamente fria", disse o delegado Wilson Santos. Durante o depoimento sobre a morte de Elizeu, Rones contou que sua mãe era funcionária na propriedade de Elizeu e que o fazendeiro não gostou de encontrar o jovem na casa. Então, os dois começaram uma discussão.
"Elizeu pediu para que ele se retirasse, mas Rones se negou e eles entraram em luta corporal. Ele contou que, em seguida, foi à cozinha, pegou uma faca e desferiu golpes contra o fazendeiro. Depois roubou o carro e ateou fogo na casa", relatou o delegado.
Para o delegado, a frieza como relatou a morte e o fato de não ser o primeiro crime cometido por ele faz com que Rones se encaixe no perfil de um psicopata. "Ele precisa passar por um exame psicológico para que isso seja, de fato, comprovado. Mas tudo indica que ele possui um grau de psicopatia", analisou Wilson.
Outros crimes
Em dezembro de 2013, quando Rones tinha 15 anos, ele respondeu a ato infracional por homícidio, por ter afogado e esquartejado os dois primos de 7 e 8 anos, quando morava em Cáceres, a 220 km de Cuiabá.
Como era menor de idade, ele cumpriu medida socioeducativa e acabou colocado em liberdade. Rones atraiu as crianças para o Rio Paraguai, onde as vítimas foram afogadas e mortas. Ele utilizou um machado, um facão e um martelo, que estavam em uma casa abandonada, para esquartejar os corpos.
Na época, Rones contou ter cometido o crime para se vingar do pai das vítimas, que é seu tio, que o teria agredido, provocando um corte em sua cabeça. Na ocasião ele também confessou a polícia já ter estuprado ao menos três pessoas - sendo uma delas sua irmã, que também estava envolvida no assassinato -, um cadeirante e outro morador da cidade.