Sete deputados estaduais foram alvos de mandados de busca e apreensão da Operação Malebolge, a 12ª fase da Ararath da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta quinta-feira (14).
Os agentes cumpriram os mandados nos gabinetes e residências de Romoaldo Júnior (PMDB), Wagner Ramos (PSD), Silvano Amaral (PMDB), Baiano Filho (PSDB), José Domingos Fraga (PSD), Oscar Bezerra (PSB) e Gilmar Fabris (PSD).
Os agentes chegaram por volta de 6h na Assembleia e saíram perto das 8h30 com diversos documentos e computadores. Eles chegaram a vasculhar até o forro do teto dos gabinetes.
Já os mandados nas residências e apartamentos dos parlamentares ainda estão sendo cumpridos em Cuiabá,Tangará da Serra, Juara, Araputanga, Pontes e Lacerda, Sorriso e Sinop.
A operação foi autorizada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), e teve como base a delação “monstruosa” do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e de seus familiares e assessor, homologada no mês passado.
No total, foram cumpridos mandados em 64 endereços.
Na delação, os parlamentares são acusados de receber ou pedir propinas e outras vantagens indevidas na gestão de Silval e do ex-governador e atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP).
Romoaldo Júnior, Wagner Ramos, Baiano Filho, José Domingos Fraga e Gilmar Fabris figuram como um dos beneficiários de esquema de “mensalinho”, valor mensal que variava de R$ 30 mil a R$ 50 mil, e que seria pago pelo Executivo para obter o apoio dos deputados.
Já Silvano Amaral teria recebido R$ 200 mil de propina para aprovação das contas de Governo, referentes a 2014.
Oscar Bezerra é acusado por Silval de ter cobrado propina de R$ 15 milhões para não envolver o nome dele na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Obras da Copa, na Assembleia Legislativa.