”A Energisa é concessionária de um serviço público, então, deve estar a serviço da população, não dos seus lucros. Hoje as calçadas estão servindo para proteger os postes, e não para as pessoas.” Com esse pensamento o vereador Cézare Pastorello (PSDB) tem feito diversas cobranças em relação aos postes que a Energisa tem colocado dos dois lados das ruas, impedindo, além dos pedestres, o plantio de árvores na zona urbana.
O vereador de Cáceres já propôs projeto de lei para que a concessionária coloque os postes deixando vão mínimo de 90 cm para circulação e sempre nos limites entre um terreno e outro. Também fez diversos requerimentos em relação à regulamentação da colocação de postes nas calçadas.
“Outro problema recorrente na cidade é quando a pessoa vai construir no seu terreno e tem um poste bem no meio da sua fachada. Daí, a Energisa cobra quase 10 mil reais para mudar o poste de lugar. Oras, se os postes forem colocados entre um terreno e outro, diminuímos muito esse problema”, afirma Pastorello.
Em relação ao centro histórico, onde as calçadas já são estreitas, o vereador diz que a solução é o rebaixamento da rede, ou seja, a transmissão subterrânea, como é feito em várias cidades do Brasil.
“Em 2012 o ex-prefeito Túlio Fontes inscreveu um projeto nesse sentido no PAC Cidades Históricas. Porém, por não ser prioridade para nenhum representante em Brasília, o projeto não foi contemplado. Nossos representantes devem ter as pessoas, em especial os pedestres e cadeirantes, como prioridade”, arremata o vereador.
“Outra coisa que me deixou perplexo foi a movimentação do Ministério Público e órgãos de controle em exigir de comerciantes que liberassem as calçadas para os pedestres, mas, esqueceram dos postes. Ou seja, os pedestres e cadeirantes continuam não tendo como circular nas calçadas da cidade, tendo que usar a rua e disputar espaço com carros”, finaliza.
Pelo projeto de lei apresentado pelo vereador, os postes de energia, sinalização, lixeiras e outros equipamentos só poderão ser instalados deixando um vão mínimo de 90 cm para circulação.
Veja também o vídeo