Em 2017, Mato Grosso contabilizou 95 ataques contra caixas eletrônicos e agências bancárias, localizadas em Mato Grosso. A quantidade representa um aumento de 29% em relação ao ano anterior, quando ocorreram 74 crimes nas mesmas modalidades. Os números chamam a atenção ainda para o fato da maioria das ocorrências (65%)) registrada no ano passado terem sido contra os terminais de autoatendimento.
Os dados são do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT). O levantamento mostra que, no ano passado, foram registrados 37 crimes contra as agências bancárias e 58 diretamente contra os caixas, que ficam danificados ou são totalmente explodidos. Do total, 72% dos ataques foram em bancos localizados do interior do Estado.
Em Poconé e Comodoro, por exemplo, as agências foram totalmente destruídas, deixando a população sem acesso ao serviço bancário, tendo que se deslocarem ao município vizinho.
De acordo com o SEEB, a maioria dos ataques a bancos em 2017 ocorridos foi na modalidade “assaltos a vapor”, que caracterizado por uma rápida ação dos criminosos, mas fortemente armados. Também ocorrerem dois sequestros um Paranatinga e outro em Campo Verde. Já no final do ano, em Barra do Bugres, Arenápolis e Nova Mutum, os bandidos além de usaram armas pesadas, fizeram reféns para escapar do certo policial.
Os dados do sindicato foram coletados de acordo com informações publicadas pela imprensa do Estado e informações da própria categoria em visitas às agências bancárias. As informações foram classificadas conforme as seguintes modalidades: assaltos, tentativas, sequestros, arrombamentos, ataques a caixas eletrônicos e saidinhas. O levantamento tem por objetivo mostrar a necessidade de mais investimentos em segurança, tanto pelas instituições financeiras, como também pelos órgãos de governo, principalmente no interior do Estado.
Para o presidente do Seeb/MT, Clodoaldo Barbosa, a falta de segurança afeta diretamente a categoria, os clientes e usuários do sistema financeiro. “A insegurança nas agências bancária é uma preocupação constante para o Sindicato. Os bancos não investem o suficiente, além disso, o Governo Estadual também precisa investir mais em segurança pública”, avalia o dirigente sindical.
Segundo ele, o sindicato cobra sistematicamente dos responsáveis pela segurança pública e dos bancos públicos e privados a adoção de estratégias específicas para coibir a ação dos criminosos.
A secretária de assuntos de saúde e condições de trabalho do SEEB/MT, diretora da CUT/MT, Italina Facchini, reafirma que a responsabilidade, seja com bancários ou clientes que venham sofrer por conta do trauma do assalto é do banco e alerta aos trabalhadores para a necessidade de emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). “Os bancos até chegam a denunciar o crime à polícia, no entanto, deixam de comunicar ao Sindicato e ao INSS, aumentando a subnotificação, em alguns casos, com a clara intenção de prejudicar o bancário”, explicou. Por isso, a orientação é para que os trabalhadores procurarem o sindicato para a emissão da CAT.
Dentre as principais reivindicações da categoria estão à abertura e fechamento das agências, além do transporte das chaves por meio de empresa especializada em segurança, a instalação de porta giratória de segurança antes do acesso ao autoatendimento nas agências e postos bancários, instalação de biombos, além de vigilância e câmeras de vídeo interna e externa.