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Morte de médico em MT leva deputado a apresentar projeto na Assembléia Legislativa
Por Assessoria/momentomt/Otavio Ventureli
03/10/2019 - 08:45

Foto: arquivo

Um projeto de lei apresentado  na Assembleia Legislativa de Mato Grosso propõe a criação do programa de doação de medula óssea no estado.
 
    A proposta é estimular principalmente a participação dos servidores públicos, nas três esferas (Executivo, Legislativo e Judiciário), que terão a carteira ‘doador de medula óssea’ quando mantiverem regularidade no cadastro.
 
    “O objetivo é ampliar o banco de dados de doares e com isso salvar vidas. Essa proposta surgiu porque estamos muito sensibilizados com a morte de um jovem médico, o Dr. Bruno Alves de Araújo, que era morador de São José dos Quatro Marcos.  Ele morreu recentemente de leucemia, aos 28 anos, após lutar bravamente pela vida”, explica o deputado estadual Dr. Gimenez (PV), autor do projeto.
 
    O MT Hemocentro ficará responsável pela campanha de divulgação e esclarecimentos junto aos servidores, com a finalidade de estimular a doação e elaborar o cadastramento dos doadores voluntários. Além disso, a instituição definirá os locais de coleta ou enviará unidade móvel (ônibus) até os órgãos estaduais em dia previamente agendado. 
 
    A carteira de doar de medula óssea garantirá dois dias de folga, sem prejuízo de remuneração ou ao banco de horas, podendo ser usufruído no período de férias, mas de modo a não atrapalhar a continuidade dos serviços públicos.
 
    Os servidores que já são doadores poderão usufruir do mesmo direito mediante comprovação de registro junto ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
 
    Dr. Gimenez, que é médico há mais de 40 anos, avalia que a iniciativa pode ampliar o banco de dados do Redome e, com isso, revelar eventuais doadores de medula óssea. “Um simples exame de sangue pode revelar doadores em potencial, salvando milhares de vida em todo país e em Mato Grosso”.
 
    A chance de um brasileiro localizar um doador em território nacional é 30 vezes maior em relação à possibilidade de encontrá-lo no exterior em razão das características genéticas. Apenas cerca de 30% das famílias apenas possuem um doador ideal (irmão), ou seja, a maioria dos pacientes precisa identificar um doador alternativo.

    Quando não há um doador aparentado (irmão ou parente próximo), a solução para o transplante de medula é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos (brancos, negros, amarelos, etc) semelhantes. Com o objetivo de facilitar, essas informações ficam reunidas no Redome. 
 
    Laços de sangue
 
    O médico Bruno(ao centro, na Foto) morreu em 18 de setembro. Ele contou com apoio de milhares de pessoas que se engajaram na campanha Laços de Sangue, dos quais mais de 100 doadores se dispuseram a ir a Cuiabá para a coleta de sangue para o cadastro no Redome. 
 
    Bruno foi diagnosticado com leucemia em janeiro de 2018. Fez o transplante tendo o irmão como doador, na época, no entanto a doença voltou em junho deste ano e ele estava em quimioterapia em São José do Rio Preto (SP) a espera de um novo doador compatível. A probabilidade de compatibilidade é de uma em 100 mil, o quer reforça a necessidade de maior adesão de voluntários doadores.

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