Enquanto a polícia não tiver a convicção que os sete assaltantes que agiram na terça-feira, 30 de outubro, em Comodoro (670 km de Cuiabá), usando o estilo novo cangaço e assaltando simultaneamente duas agências bancárias, o cerco continua. No entorno da mata onde eles se esconderam, estão a Polícia Militar -com a ROTAM, Grupo Tático de Fronteira, GEFRON, BOPE, Força Tática e CIOPAR, além da Polícia Rodoviária Federal e o apoio da Polícia Federal. Enquanto o trabalho de campo continua com barreiras e várias patrulhas dentro da mata, o setor de inteligência da PM e Polícia Civil trabalham nas investigações. O capitão Mário Pereira, comandante da PM em Comodoro, informou que os policiais estão fazendo uma verdadeira varredura na área. "Se eles estiverem aqui -e acredito que estejam- serão encontrados, porque chegará uma hora em que o cerco se fechará, além de acabar os suprimentos deles". Os assaltantes estão em ma área de mata fechada que circunda uma reserva dos índios Nambiquara, mas a aldeia está protegida. Não tem como eles chegarem até os índios. O oficial afirmou que a polícia só deixa o local quando tiver a certeza que os foragidos não estão mais lá. Os assaltos ocorreram na parte da manhã. Quatro assaltantes em uma agência e três em outra. Foram assaltados o Banco do Brasil e o Bradesco. Usando clientes e funcionários como escudos humanos, eles impediram a ação da polícia. Os 15 reféns foram soltos a 5 km da cidade. Vendo que estavam cercados, eles queimaram uma das camionetes usadas no assalto e abandonaram a outra. Hoje faz nove dias que a polícia está na captura dos assaltantes.