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Em greve, professores participam de sessão da Câmara
Por Sinézio Alcântara
14/06/2022 - 10:00

Foto: reprodução

Em greve há 8 dias, professores da rede municipal de ensino, em Cáceres, encontraram uma forma debochada de protestar dos vereadores que se manifestam contra a paralisação. Dezenas de grevistas participaram da sessão da Câmara, na noite de segunda-feira (13/06), portando cartazes, com dizeres “Óleo de Peroba”.

     A iniciativa do grupo é uma alusão a um aluno do IFMT/Cáceres que, inconformado com a postura de alguns vereadores que, na opinião do estudante, na fazem pela cidade, deveriam usar óleo de peroba. O termo sobre o produto também é usado como a gíria “cara-de-pau” para insinuar que alguém é falso.

    Em greve há uma semana, não há sinais do retorno dos professores às salas de aulas. Eles não recuam da decisão, tomada em assembleia-geral da categoria e, a prefeitura, através da Secretaria de Educação, acreditando na decisão judicial de julgar o movimento ilegal, não apresentou nenhuma contraproposta.

     Os professores reivindicam o imediato pagamento do Piso Nacional do Magistério que é de R$ 3. 846,63 para jornada de 40 horas semanais. O índice nacional de reajuste é de 33,24%. Porém, no início do mês de março a prefeita antecipou 14,35% faltando 16,57%. São cerca de 9.500 alunos sem aulas.

     A situação é tensa. Apoiador do movimento, o vereador Cesare Pastorello, chamou de canalha algumas pessoas – ligadas a administração e a Câmara – que estariam insuflando servidores da área de saúde, inconformados com a defasagem salarial, de que a greve dos professores estaria prejudicando a reivindicação deles.

    “Colocar o pessoal da Saúde contra o da Educação é canalhice. Coisa de gente baixa, desqualificada e sem proposta de melhoria nenhuma para os serviços públicos que a sociedade precisa. Piso é lei e quem não cumpre uma, não cumpre nenhuma! ” afirmou.

 

 

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