O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), campus Cáceres, a 250 km de Cuiabá, desenvolveu um simulador que imita o aparelho reprodutor das vacas, para aumentar a capacitação dos inseminadores e pode, inclusive, se tornar referência na formação destes profissionais.De acordo com a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), em 2022, 26,17% das matrizes no estado foram inseminadas com este procedimento.

O índice é superior à média nacional, que foi de 20,81%.
O simulador foi criado com o objetivo de treinar os alunos do curso técnico de agropecuária, sem provocar desconforto e estresse desnecessário nas vacas.
O equipamento é resultado da tese de doutorado do médico veterinário e professor, Heitor Aires Filho, que afirma que o projeto só pode ter sido concluído com sucesso, por conta de todo estudo que foi feito.
“Nós avaliamos em torno de 168 animais, onde toda medida foi feita para poder chegar em um resultado como esse. O simulador representa o sistema reprodutor da vaca completo, sendo: vulva, vagina, bexiga e útero”, disse.
 Segundo Aires, o sêmen precisa chegar no último anel cervical da fêmea para que a inseminação seja feita de forma correta.
 “No treinamento o aluno aprende exatamente a passar essa única estrutura aqui, colocar a pipeta, sem ir para a bexiga e passar todos os anéis cervicais, que podem variar de três a cinco, dependendo do animal. No entanto, se a gente passar muito do ponto, o sêmen é distribuído no lugar errado. Se a evolução é de um lado e se você inseminou no outro lado, você perde a inseminação”, explicou.O professor disse que, por enquanto, os estudantes não estão fazendo as aulas práticas nos simuladores, já que os materiais usados no protótipo precisam ser substituídos por outros de melhor qualidade.

Conforme a assessoria do IFMT, esses materiais estão sendo comprados com recursos federais por meio de um edital da agência de inovação tecnológica da instituição.

A previsão é que em agosto os simuladores sejam disponibilizados.