Instituições de todo o Brasil irão debater aspectos importantes sobre a conservação das espécies ameaçadas nos biomas brasileiros, entre eles o Pantanal
O Polo Socioambiental Sesc Pantanal participa nesta semana (17 a 19 de abril) da II Reunião Preparatória do Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção no Cerrado, Pantanal e Amazônia. Realizada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN), o objetivo do encontro é definir a lista de Ictiofauna (peixes), Herpetofauna (répteis e anfíbios) e Primatas a serem protegidos e suas respectivas ameaças nos ambientes onde estão inseridos.
Os Planos de Ação Nacionais (PAN) são ferramentas de gestão pactuadas com a sociedade civil organizada, com o objetivo de minimizar as ameaças que coloquem em risco a sobrevivência das espécies, propondo ações para a manutenção de populações viáveis na natureza. Ações voltadas à proteção dos habitats das espécies ameaçadas podem contribuir com a gestão ambiental sustentável destes territórios, visando a garantia de um meio ambiente conservado para as presentes e futuras gerações.
Os biomas que fazem parte do Plano de Ação são reconhecidos nacional e internacionalmente pela biodiversidade notável, sendo o Cerrado considerado uma das savanas mais ricas do mundo e o Pantanal identificado como uma importante rota de dispersão de vertebrados entre a Amazônia e a Mata Atlântica.
O Polo Socioambiental Sesc Pantanal atua no Pantanal e no Cerrado por meio de nove frentes, que trabalham integradas pela conservação ambiental, pesquisa científica, desenvolvimento comunitário e educação ambiental.
Segundo a gerente-geral do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, Cristina Cuiabália, o convite é um reconhecimento do papel essencial do Polo Socioambiental Sesc Pantanal na conservação da rica biodiversidade do Brasil. "Fazer parte deste seleto grupo, que definirá estratégias eficazes de conservação para peixes, répteis, anfíbios e primatas, é um privilégio, além de uma grande oportunidade de troca de conhecimento e experiências no campo da conservação em benefício desses grupos", declara.
O primeiro ciclo deste Plano Nacional teve como área de abrangência o Cerrado, Pantanal e Amazônia (Bacia do Tocantins - Araguaia). Neste segundo ciclo, a proposta é que englobe toda a área dos três biomas no território brasileiro, além da inclusão da Mata Atlântica na região Centro-Oeste. Como lista prévia das espécies alvo, o Plano englobará aproximadamente 50 espécies.