O empresário Francis Maris Cruz, presidente do diretório municipal do PMDB de Cáceres, quer um compromisso do partido para a doação dos salários do prefeito, secretários e até vereadores a um fundo municipal, caso vençam as eleições, para aceitar inserir seu nome como pré-candidato da sigla a prefeito da cidade este ano. Segundo Francis, apenas depois desse compromisso aceitaria partir para o convencimento de sua família a apoiá-lo na decisão de disputar as eleições. “Não existe salvador da Pátria. Cáceres é um problema de todos, e eu me proponho a liderar um grupo com o compromisso de fazermos doação ao município”, disse ele, explicando que, apesar da proposta, ainda não oficializou sua condição de pré-candidato. Ele admite que um dos problemas é a resistência da sua família à sua entrada na disputa. “Ainda tenho essa resistência da minha família, mas poderei trabalhar isso se o projeto for maior, de todo um movimento, em prol de Cáceres”, frisa. UNEMAT Segundo Francis, o reitor da Unemat, Adriano Aparecido da Silva, ainda não oficializou no PMDB a desistência da sua pré-candidatura a prefeito de Cáceres este ano, mas o partido já trabalha extraoficialmente com essa possibilidade. “A desistência do Adriano não é oficial, mas já teve até passeata do pessoal da Unemat para ele não sair de lá”, explica o presidente do partido. Já para o secretário geral do PMDB de Cáceres, Valter Zacarkim, a pressão maior para a não saída de Adriano da Unemat partiu de seus adversários. Segundo ele, “a UNEMAT está preparada, e qualquer outra pessoa que assumir consegue tocar. Já Cáceres não, está no buraco, e precisa de um gestor como o Adriano”. Zacarkim garante que o Adriano Aparecido da Silva continua pré-candidato da agremiação, até decisão em contrário do partido. “O partido não foi notificado de nenhuma desistência dele. Para nós, ele continua pré-candidato”, frisou Zacarkim. O secretário-geral reconhece, contudo, que Adriano já considerou a retirada da pré-candidatura, mas argumenta que a crítica dos adversários, segundo a qual a candidatura do peemedebista faria Cáceres perder o reitor da UNEMAT, é furada. “O Adriano fez um excelente trabalho na UNEMAT, usando toda a influência do PMDB em favor da instituição. Ele administra um orçamento de R$ 180 milhões na UNEMAT, e com o apoio do Governo, consolidou a instituição. Se ele tiver que deixar a UNEMAT, qualquer outra pessoa que assumir consegue tocar, porque está consolidado”, frisou. Segundo ele, a situação do município de Cáceres é o contrário disso. “Estamos perdendo empresas, com uma administração ruim. Cáceres não tem como afundar mais. Só tem uma saída, que é pra cima, e isso nós só resolvemos com gestão”, citou ele, ao falar das vantagens dos nomes que o PMDB pode apresentar como candidato. Zacarkim argumenta que o PMDB pode se considerar um partido privilegiado em Cáceres, por ter, além de Adriano e do empresário Francis Maris Cruz, outros dois nomes em condições de enfrentar o prefeito Túlio Fontes nas eleições de outubro: Tato Giraldelli e Renato Fidelis. “Além disso, temos uma excelente chapa de vereadores para disputar as eleições”, frisa.