Vereador Manoel Leiteiro apresenta hoje Moção de Pesar à família de José da Lapa
Por Diário de Cáceres
25/02/2013 - 16:41
O vereador Manoel Oliveira (Manoel Leiteiro), do PSDB, apresenta na sessão ordinária desta segunda-feira,25, proposta de Moção de pesar à família de José da Lapa Pinto de Arruda, falecido aos 94 anos, no último dia 20. Em seu texto, o vereador destaca:
"Concebido em Cáceres, ele nasceu no Rio de Janeiro, mais precisamente no bairro da Lapa, quando sua família empreendia uma viagem a Portugal, tendo se detido no Rio devido a gripe espanhola que assolava o país. No dia de seu nascimento, 14 de janeiro de 1919, foi o dia em que mais pessoas morreram vitimadas pela doença, na capital carioca. Mas ele nasceu para viver muito e sua vida foi um tributo à alegria. Teve como princípios que o nortearam a honradez, a integridade do seu caráter, a simplicidade. Valores que tão bem soube repassar a seus descendentes.
José da Lapa Pinto de Arruda nasceu no Rio por um acaso do destino, mas foi um cacerense que sempre amou sua terra. Nos deixou aos 94 anos de idade. Bem vividos. Amava o rio Paraguai, onde praticou a natação até quando a idade lhe permitiu.Era comum vê-lo atravessar a nado as baías do Iate e do Daveron. Gostava também de pescar. Cultivava hábitos familiares de união de filhos, netos, bisnetos, como fazer as refeições todos juntos.Nunca perdeu a vontade de viver, e lutou até o último instante. Sempre ajudou as pessoas, e seus olhos jamais perderam o brilho e a alegria.
Um homem que acreditou em Cáceres. Comerciante, fechou em meados da década de 80 a Casa Ideal, que vendia de tudo-de eletrodomésticos a munição. Na mesma época fechou o Cine São Luiz. A família é proprietária da antiga vila residencial José Bonifácio (nome de seu pai), mais conhecida como Vila do Zé da Lapa.
Foi vereador em Cáceres por duas vezes, na segunda e na quinta legislatura, nos períodos de 1955 a 1959 e de 1963 a 1967.
Sempre procurou demonstrar seu amor por Cáceres através de ações que buscavam o progresso do município. Fez Faculdade de Comércio em Cuiabá, onde na época ia montado a cavalo, junto com outros estudantes, numa viagem que durava cinco dias. Formado, aqui trabalhou como comerciante por décadas.
Residia na Praça Barão do Rio Branco, entre o Cine Xin e o Cartório, onde todas as manhãs e tardes, cultivava o hábito peculiar do cacerense, de colocar uma lcdeira de balanço na calçada e ficar sentado por horas contemplando o movimento e conversando com amigos que passavam e, invariavelmente, paravam para um 'dedo de prosa'.
Deia a esposa dona Elina, os filhos Aparecida Nátia e Luiz César, os netos Bruno e Daniela, e os bisnetos Marilá, Bruna e Davi.
E deixa neles, nos familiares e amigos, uma enorme saudade. Saudade de um homem que amou sua cidade, amou sua família e amou a vida.
É esta, senhor presidente, senhores vereadores, a nossa Proposição, ao mesmo tempo em que comunicamos que a Missa de Sétimo Dia ocorrerá amanhã, terça-feira, dia 26, às 18 horas, na Catedral de São Luiz."
Manoel acredita que a Moção terá unanimidade, devido à tradição e vida honrada que teve o homenageado, que inclusive recebeu, em vida, várias homenagens da Câmara Municipal.