Não suporto mais conviver com tamanha dúvida. Essa condição psicológica ou esse sentimento, não sei ao certo como se define, há meses invadiu meu ser e fez morada em meus pensamentos. “Dubitar” (a palavra dúvida é derivada do latim) vem sendo um exercício diário enquanto me aventuro pelas ruas de Cuiabá em movimentos malabarísticos me desviando das tão publicizadas obras da Copa de 2014 e dos buracos causados pelas chuvas e a falta de serviços de manutenção. Particularmente, não acredito que os projetos grandiosos, especialmente a VLT (Veículo Leve Sobre Trilho), sejam executados antes ou a tempo de atender o Mundial de futebol. Talvez, quem sabe?, a Arena Pantanal, nosso antigo Verdão, termine e sedie os quatro jogos programados para Cuiabá. Mas, retornando ao tema principal, a dúvida cruel que me atormenta está relacionada à escolha de um novo meio de transporte que atenda minhas necessidades de rápida locomoção pelos próximos dois, três, cinco ou mais anos. Até já tenho algumas opções, apesar de temer que minha nova aquisição desvie os holofotes das obras e seus gestores e os concentrem sobre mim. Tenho pensado, por exemplo, em comprar, se não for possível alugar, a capa do Super-homem, se bem que as teias do Homem-Aranha poderiam proporcionar incursões tão rápidas quanto a primeira por lugares mais íngremes. Todavia, debaixo de chuvas, raios e trovoadas, talvez seja mais seguro o avião da Mulher Invisível. Aterrissa e pode ser estacionado em qualquer lugar, sem que seja visto. Portanto, discretíssimo e sem incômodos. Não adianta vir com essa história de que uma vassoura calharia melhor. Confesso que também pensei nessa possibilidade, mas entre todos os meios de locomoção avaliados a vassoura, mesmo sendo um veículo popular, ao alcance da maioria, concluí que não seria tão eficiente e seguro. Ontem, com mais uma interdição, do Trevo da Gráfica Atalaia (na Perimetral), percebi que tenho que decidir logo, antes que fechem a Prainha (Avenida Tenente-coronel Duarte). ALECY ALVES é repórter do Diário de Cuiabá