Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
PM age com truculência e agride alunos
Por Diário de Cuiabá
07/03/2013 - 05:20

Foto: Geraldo Tavares
Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foram agredidos por policiais militares da Ronda Tática Metropolitana durante uma manifestação ocorrida na tarde desta quarta-feira (6), na avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Pelo menos 10 universitários foram parar no Pronto-Socorro da Capital com ferimentos causados, principalmente, por disparos de balas de borracha. Outros quatro acabaram presos, sendo encaminhados para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do bairro Planalto. Os estudantes protestavam contra a decisão da reitora Maria Lúcia Cavalli Neder de cortar 50 vagas da Casa do Estudante – espaço cedido para abrigar estudantes de baixa renda provenientes de outras cidades. A desocupação deve acontecer até o próximo dia 22. Alegando falta de diálogo, o grupo de aproximadamente 40 universitários resolveu interditar a avenida, no cruzamento com a entrada da Alziro Zarur (rua principal do bairro Boa Esperança). Formando uma espécie paredão humano e valendo-se de cavaletes, os manifestantes fecharam a via por volta das 14h50. “Se eu não tiver onde morar, Cuiabá vai parar!”, “estudantes na rua, reitora a culpa é sua!”, eram algumas das frases que faziam parte do coro estudantil. Os policiais da Rotam chegaram ao local, acionados pela reitoria da UFMT, cerca de 20 minutos após a manifestação ter começado. Pouco depois, os ânimos foram se acirrando. Sob a alegação de que os universitários “desobedeceram ordens”, ao não encerrar a manifestação, os PMs, sob o comando do capitão Gilson Vieira da Silva, resolveram então agir por conta própria. Bastou um tiro para o grupo de universitários, formado por muitas mulheres, se dispersar. Em maior número, os policiais foram atrás da captura dos estudantes. Aluno do curso de Comunicação, Sérvulo Neuberger, 22 anos, chegou a ser imobilizado por quatro policiais. Atingido por um tiro de bala de borracha na região do abdômen, ele foi um dos presos. Outro que acabou encaminhado para o Cisc foi Caiubi Kuhn, de 22 anos, estudante do curso de mestrado em geociências e um dos líderes da manifestação. Relatos de amigos dão conta que ele sofreu agressões a caminho do Cisc. Alunos que chegavam junto dos policiais para conversar também acabavam ou agredidos, ou – com sorte – xingados. O capitão Vieira alegou que a atitude foi necessária, pois ambulâncias se encontravam paradas e os estudantes não davam sinais de que encerraria a manifestação. “Não havia mais o que fazer”, afirmou. Por meio da assessoria, a UFMT divulgou uma nota, dizendo que lamenta o ato de violência e que colocará professores e dirigentes da Faculdade de Direito em defesa dos estudantes, no que se refere aos encaminhamentos policiais. A assessoria ainda enfatizou que as duas casas onde estão os 50 estudantes não poderão mais ser alugadas, mas assegurou que todos os universitários serão abrigados na nova sede, construída no Campus da UFMT.
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