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Infarto:MT ocupa quinto lugar
Por Diario de Cuiabá
16/06/2013 - 08:24

Foto: arquivo
Mato Grosso ocupa a quinta posição entre os estados brasileiros onde mais se morre por infarto agudo do miocárdio (IAM). Dados do DataSus, sistema do Ministério da Saúde (MS), revelam que no Estado a incidência de mortes é de 5,63 por 100 mil habitantes. É a maior da região Centro-Oeste e só fica atrás de estados das regiões Sul e Sudeste como Rio Grande do Sul (1ª posição), onde a taxa é de 7,82 óbitos por 100 mil habitantes, e São Paulo (2º lugar), que apresenta índice de 7,33 mortes por 100 mil indivíduos. "Sedentarismo, idade e uma dieta hipercalórica estão entre os principais fatores de risco do infarto agudo do miocárdio, que consiste na obstrução da veia do coração. O órgão possui três veias principais e quando há a formação de um coágulo ocorre a isquemia (falta de suprimento sanguíneo) ou o sofrimento do músculo do coração", informou o clinico e intensivista Celso Vargas Reis, diretor técnico do pronto-socorro de Cuiabá, principal unidade hospitalar do Estado em atendimento de urgência e emergência. Os números foram divulgados no fim de maio passado pela Exame.com. levando-se em consideração o atendimento e óbitos da rede pública em 2010, último ano com dados consolidados no país. Naquele ano, conforme a Exame.com, 79 mil pessoas morreram vítimas de infarto, tanto no setor público como privado. No mundo, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morbidade, incapacidade e morte. A maioria das mortes por infarto ocorre nas primeiras horas de manifestação da doença – 65% dos óbitos ocorrem na primeira hora e 80% até 24 horas após o início do infarto. "Nós, seres humanos, fomos programados para termos atividades e não para ficarmos parados. Entretanto, hoje as pessoas vão à padaria de carro e não levanta sequer para trocar o canal da tevê", comentou o médico. Diabetes, hipertensão, obesidade, alto colesterol e tabagismo também são considerados fatores de risco. "O tabagismo tem relação muito grande com o infarto. Quem fuma, logo toma uma bebida e depois quer um torresminho ou outra fritura", alertou o médico. A incidência é maior nos homens. Entretanto, as mulheres estão mais suscetíveis ao problema na menopausa, isso porque durante a fase reprodutiva, elas têm como proteção os hormônios, principalmente, o estrogênio. Além disso, estudos indicam que os infartos são até 50% mais fulminantes em mulheres do que em homens. Conforme Reis, os principais sintomas são dores no peito podendo irradiar para o pescoço ou para o braço esquerdo. Também podem ocorrer náuseas, vômitos e sudorese. Diante de uma dor suspeita, a pessoa deve dirigir-se o mais rápido possível a uma policlínica, onde será atendida por um médico e passar por exames como o eletrocardiograma. Entre as opções de tratamento está a terapia trombolítica, que consiste no uso de remédios para dissolução do coágulo que surge na artéria e provoca o infarto. Dependendo da gravidade, pode-se desobstruir as artérias por meio de uma angioplastia (um cateter inserido nos vasos sanguíneos promove o desentupimento) ou ser necessária uma cirurgia para implantar ponte de safena, por exemplo. A prevenção consiste em manter hábitos saudáveis de vida como boa alimentação e atividades físicas. A realização de exames como o teste ergométrico, muitas pessoas tem o diagnóstico precoce, permitindo o tratamento antes que sofreram um infarto.
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