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Dependência química:16 optam pelo tratamento
Por Diário de Cuiabá
25/06/2013 - 02:05

Foto: Diário de Cuiabá
Enfrentando a resistência de grande parte dos usuários, a Polícia Judiciária Civil (PJC) realizou ontem a operação “Rosas dos Ventos - Parte Sul” de abordagem solidária de dependentes químicos que ficam nas ruas de Cuiabá. Apenas pela manhã, 16 pessoas foram levadas para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc-Sul), no Cóxipó. \"A abordagem é voluntária e não compulsória e muitos acabam não querendo ir para o Cisc-Sul, onde passarão por todo um fluxo de atendimento médico e de assistência social para serem regulado para uma casa de tratamento\", comentou a titular da Delegacia de Entorpecentes (DRE), Alana Cardoso. Para ela, a internação compulsória não funciona. \"Não traz resultado porque a dependência química é uma doença, que precisa de tratamento. A internação compulsória é uma solução para a comunidade e não para o doente\", disse. No Cisc, os dependentes passaram por higienização, cadastramento, atendimentos odontológicos e médico. Foram disponibilizadas 33 vagas para internação voluntária para dependentes químicos que se candidatarem ao tratamento de até seis meses em clínicas e comunidades terapêuticas. O médico Ronald Anjos, do Programa Saúde da Família, da comunidade Rio dos Peixes, na zona rural de Cuiabá, disse que os dependentes químicos encaminhados à equipe seriam avaliados para identificar possíveis comodidades ou problemas relacionados ao uso de drogas. O médico disse que a tuberculose é o principal deles. Um dos usuários que aceitou ser encaminhado para o Cisc Sul foi J.R.M, 32 anos. Dependente do álcool e de pasta-base há 17 anos, J.R. contou que já buscou tratamento, mas teve recaídas. “Fiquei quatro meses sem usar e acabei voltando para as drogas. Como não tenho condições de pagar, é bom quando aparece alguém para ajudar porque para alguém sozinho é muito difícil largar”, disse. A Capital conta com pelo menos sete pontos considerados “cracolândias”. Entre eles, estão o Beco do Candeeiro e ruas adjacentes e o entorno do terminal rodoviário no bairro Alvorada. No Coxipó, os pontos ficam na avenida Beira-Rio. Também foi identificada a aglomeração de usuários no Porto e na rua Tereza Lobo, no Consil (próximo ao Jornal Folha do Estado). De acordo com Alana Cardoso, no Pedregal, onde fica a famosa rua 04 de Janeiro, no bairro Jardim Leblon, e imediações do Posto São Mateus, na saída de Cuiabá para Rondonópolis, a concentração de usuários caiu devido ao trabalho de investigação da polícia. A droga de maior consumo é a pasta-base de cocaína. \"O foco da DRE é a pasta-base de cocaína por causa da maior oferta\", frisou. A ação foi realizada em parceria Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sedjudh) como parte da XII Semana Estadual de Prevenção às Drogas (19 a 26 de junho).
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