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Hospital Regional determina suspensão de cirurgias eletivas para acabar com superlotação
Por Jornal Expressão
07/07/2013 - 15:46

Foto: arquivo
Cerca de 100 cirurgias eletivas – sem maiores gravidades, como de vesícula, hérnia e fimose - deixarão de ser realizadas no Hospital Regional de Cáceres, a partir deste mês. A suspensão dos procedimentos foi determinada pela Associação Congregação Santa Catarina – Organização Social (OS), responsável pela administração do hospital. De acordo com a OS, a ideia é disciplinar os trabalhos realizando somente atendimentos de urgência e emergência, para acabar com a superlotação e proporcionar atendimento digno a população. O HRC realiza, em média, mensalmente, 500 procedimentos cirúrgicos. Atende pacientes dos 22 municípios da região e até da Bolívia. Dezenas se amontoam nos corredores e macas por falta de vagas no hospital. “Estamos convivendo, constantemente com uma média de 40 pacientes/dia em macas improvisadas, em condições impróprias. A suspensão das cirurgias eletivas irá acabar com a superlotação e proporcionar um atendimento mais digno aos pacientes” afirma o diretor Idelvan Ferreira Machado. A proposta é atribuir aos hospitais da região, a responsabilidade de realizar tais procedimentos. “Já realizamos reuniões com representantes dos escritórios regionais de Saúde de Pontes e Lacerda e Mirassol D´Oeste. Está praticamente acertado que eles irão regular e realizar os procedimentos eletivos de seus pacientes. Para Cáceres só virão casos mais graves de urgência e emergência” assinala lembrando que as cirurgias eletivas de Cáceres serão realizadas no Hospital São Luiz. O diretor explica que, o funcionamento do hospital, principalmente, no que se refere à clínica médica é baseado, em um contrato celebrado com a Secretaria de Estado de Saúde, que estabelece meta de procedimentos. E, que nos últimos meses, segundo ele, tem sido feito bem acima do que o contratado. Cita como exemplo, a clínica cirúrgica que, no mês de maio foi contratado 130, mais foram realizados 213 procedimentos, equivalente a 163% a mais que a meta. “Os atendimentos acima das metas estabelecidas sobrecarregam a estrutura hospitalar. E, os resultados são pacientes esparramados nos corredores e macas, em condições impróprias. É, com isso que queremos acabar” enfatiza o diretor informando que já requisitou a revisão das metas quantitativas e financeiras para que o hospital possa se adequar na média dos atendimentos. Contudo, a informação da Secretaria de Estado de Saúde (SES) foi de que não há recursos, apesar de o contrato sinalizar para aditivos quando os atendimentos ultrapassem as metas contratadas.
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