Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Faquini explica horário de trabalho, João Arruda diz que diárias estão corretas
Por Jornal Expressão
14/07/2013 - 15:25

Foto: arquivo
O Ministério Público (MP) irá instaurar procedimento administrativo para investigar denúncias contra dois assessores da Câmara de Cáceres: o de Comunicação, jornalista João Arruda e o Parlamentar, radialista Luizmar Faquini. Arruda é acusado de viajar para São Paulo, com dinheiro da Câmara, através de diárias cedidas pela Mesa Diretora, para resolver assuntos particulares; Faquini foi denunciado por descumprimento de horário de trabalho. As denúncias foram protocoladas junto ao MP, na quinta-feira (11/05) pelo promoter e sócio- proprietário do site Zagaion, Franco Valério. João Arruda confirma o recebimento das diárias; porém nega que tenha sido para resolver problemas particulares, mas para fazer um “Curso sobre Técnica de Redação” na capital paulista. Assegura que, estará consultando o Tribunal de Contas do Estado e que, caso haja alguma recomendação, estará disposto a devolver os valores recebidos. Faquini diz que, por força de uma resolução específica da Câmara, ele não é obrigado a cumprir o horário. O presidente do legislativo, vereador Alvasir Alencar (PP) evita comentar as denúncias. Ele foi procurado pela reportagem do Jornal Expressão, pelo menos, 11 vezes. Nas duas primeiras disse que estava em Cuiabá e que falaria quanto retornasse. Já na cidade, mudou de ideia. Não atendeu as ligações e informou através do chefe-de gabinete, que não iria comentar sobre o assunto. “O Ministério Público vai instaurar procedimento administrativo para apurar as denuncias” garantiu o promotor Kledson Dionysio de Oliveira, no momento em que recebeu de Franco Valério, cópias do empenho, em que detalha dia da viagem, número e valores das diárias cedidas ao jornalista João Arruda, bem como o lotacionograma que mostra o valor do salário do radialista Faquini e o horário de trabalho que deveria ser cumprido pelo servidor. Além de apresentar a documentação, o denunciante revelou ao Ministério Público que, João Arruda teria viajado à São Paulo, para levar a esposa Giselle Geraldine para realizar um curso. Afirmou que, para isso, o jornalista teria recebido três diárias, no valor de R$ 795,00 da Câmara, sob alegação de que iria “prestar serviços de interesse do legislativo”. Em relação a Faquini, o denunciante disse que, embora uma portaria da Câmara estabeleça horário das 7h às 13h, o referido servidor, só comparece depois das 8h30 porque, apresenta um programa na Rádio Clube FM das 7h às 8h. E, além disso, de acordo com Valério, raramente ele é encontrado no local de trabalho após as 11h. Por outro lado O radialista Luizmar Faquini, admite que chega ao local de trabalho após 8h, conforme a denuncia. Porém, explica que “por força de uma resolução específica da Câmara, os servidores que exercem cargo comissionado, não são obrigados a cumprir horário” diz afirmando que “eu não tenho horário específico para trabalhar. Faço o meu trabalho de manhã, a tarde ou até mesmo a noite. Na hora em que for preciso”. Faquini fez questão de esclarecer que está aposentado, não pela Câmara, mas pelo INSS, por contribuição e tempo de serviço. Explicou que, foi convidado pelo presidente da Casa, vereador Alvasir Alencar, para permanecer no cargo, devido a sua experiência na função. Mas, que está disposto a entregar o cargo, caso seja solicitado pelo presidente. Enfatizou ainda que, presta esses esclarecimentos, para que não pairem dúvidas sobre sua personalidade. “Todo mundo conhece quem é Faquini em Cáceres. Todos sabem do meu trabalho” assinala afirmando que tem conhecimento de que “essas denuncias não visam me atingir, mas sim a Câmara e a rádio em que trabalho”. A versão do jornalista João Arruda foi encaminhada à redação através de um texto. Veja a íntegra: SENHOR EDITOR Com relação às denuncias de que este repórter ora no cargo de assessor de imprensa da Câmara Municipal teria utilizado recursos da Câmara para viagem a São Paulo e ainda para custeio de passagem aérea e veículo oficial para deslocamento até Capital não são verdadeiras. A viagem a São Paulo foi feita na noite do dia 21, autorizada pelo presidente da Câmara, onde este repórter tomaria parte do Curso sobre Técnicas de redação para conteúdo jornalísticos de assessoria de imprensa, ministrado no dia 23/03/2013, pelo jornalista Rodrigo Capella, no Espaço Paulista, situado na Avenida Paulista 807, 17 andar conjunto 1718. O deslocamento de Cáceres até Cuiabá foi feito no automóvel de minha propriedade Pálio NJC 4307, que ficou no estacionamento do Aeroporto Marechal Rondon, entre a noite do dia 21 até a madrugada da segunda-feira, 24, o que pode ser comprovado através do recibo de pagamento e até as filmagens do circuito interno desse estacionamento controlado pela Infraero. Com relação a passagem aérea foi comprada com varias semanas de antecedência na Estação Paraíso, e quitada com meus recursos. Quanto às diárias são legais e facultadas a qualquer servidor, ainda mais quando se trata de reciclagem. Contudo, caso haja qualquer recomendação por parte do TCE-MT, será o valor ressarcido. No período de janeiro de 2011 até a presente data este assessor recebeu apenas três diárias em viagens a Cuiabá a serviço da Câmara acompanhando os vereadores, todas com contas prestadas. Ainda assim me coloco a disposição dos representantes do Ministério Publico para qualquer esclarecimento que se faça necessário. Ademais cabe ainda informar a vossa conceituada editoria que em março deste ano, quando foi detectado que havia excesso de servidores comissionados, este assessor reuniu-se com três vereadores Domingos Oliveira (PSC); Alencar Ferreira (PP) e Manoel Inácio de Oliveira, colocando para os três parlamentares o meu cargo de assessor a disposição deles, o que não foi aceito naquela oportunidade. Desde então essa informação vazou de que minha pessoa estava “demissionário”, duas jornalistas de Cáceres, uma passou a ligar diuturnamente para os vereadores e até mesmo fazendo assessoria paralela e cobrando a minha saída e pressionando quanto a sua nomeação para a função, e assim ambas como numa “sanha” incontrolável querem ao arrepio da boa conduta forçar a minha demissão, muito embora conforme já antecipei e é do conhecimento da mesa diretora já coloquei o cargo a disposição, até porque sou o único remanescente da gestão anterior, e reconheço publicamente que não agrado um dos vereadores e seus assessores o senhor Marcio Paes Lacerda, o Marcinho Mandação de Abraços, que tenta emplacar a sua assessora nesse cargo a todo custo e qualquer preço. Aliás, Marcinho Mandação de Abraço já conseguiu imiscuir na administração de Francis emplacando o novo coordenador de Transito um dos seus principais apaniguados.
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