Segundo assessoria, 'acampamento' no gabinete do prefeito prossegue na quarta,28
Por assessoria
27/08/2013 - 19:45
Diante da posição da atual administração em não apresentar uma contraproposta à pauta de reivindicação da categoria, os servidores da prefeitura de Cáceres, decidiram a partir desta terça-feira, 27, acampar por tempo indeterminado no gabinete do prefeito Francis Maris.
A ação foi batizada de ‘Acampamento 494. Missão: resgate à dignidade’, em uma alusão ao salário de R$ 494 reais pago hoje a maioria dos servidores.
Pelos menos 300 servidores passaram toda à terça-feira, 27, concentrada no gabinete. A previsão do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM) é que a mobilização ganhe força a partir desta quarta-feira, 28, quando o Sindicato apresentará mais denuncias de improbidade administrativa praticada por gestores das secretarias de Saúde, Obras e Educação.
O material será entregue ao Ministério Público e a Câmara de Vereadores e desta feita vai recomendar que o prefeito seja acionado por prevaricação por supostamente ter conhecimento dos fatos e não tomar nenhuma uma providencia como, por exemplo, no caso de uso de bens públicos em uma festa realizada na casa da secretária de Educação, Nelci Longhi.
Os servidores em greve pela quarta vez este ano desde a última quinta-feira, 22, reivindicam uma reposição de 37% para os servidores do Apoio A e B, Agentes e Técnicos de Nível superior que estão com os vencimentos defasados há dez anos. Eles também exigem o pagamento dos salários até o quinto dia útil, melhores condições de trabalho, pagamento das horas e tratamento respeitoso dos chefes imediatos.z
A recomposição de 37% reivindicada para os trabalhadores do Apoio A e B, técnicos e agentes, vai beneficiar 862 servidores cujos salários estão defasados há dez anos.
O número corresponde a 59% dos servidores da prefeitura que na grande maioria recebem como salarial inicial R$ 494,69 reais, salário este que é base de cálculo para as demais vantagens (adicional de tempo de serviço, férias, 13° salário, horas extras) , e que é complementado até atingir o salário mínimo constitucional.
Na segunda-feira, 26, o presidente do SSPM, Claudiney Lima e o diretor técnico Fábio Lourenço, usaram a Tribuna Livre da Câmara de Vereadores para pedir que os parlamentares insiram na Lei Orçamentária (LOA) do ano que vem a previsão de 37% para a recomposição salarial dos servidores do Apoio A e B, Agentes e Técnicos de Nível Superior.
Eles também criticaram a falta de dialogo do prefeito Francis Maris e cobraram dos vereadores uma posição em relação à secretária de Educação, Nelci Longhi, que mentiu durante depoimento prestado a Câmara sobre uso indevido de bens públicos em uma festa particular realizada em sua residência, em março.
Lima afirmou que a falta de material de trabalho e medicamentos nas unidades de saúde transformaram o setor em um caos.
Já Fábio Lourenço explicou que para os servidores do Apoio A e B e Agentes, o percentual irá ajustar o vencimento inicial de R$ 494 reais para R$ 720 reais, valor previsto para o salário mínimo de 2014.