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Polícia começa a colher depoimentos sobre ameaças de morte a professora
Por G1 MT
06/12/2013 - 15:56

Foto: arquivo
As oitivas sobre as ameaças de morte à diretora do campus da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) de Juara, a 690 km de Cuiabá, Lisanil da Conceição Patrocínio Pereira, começaram a ser realizadas pela Polícia Civil. O delegado Carlos Henrique Hengellman informou que algumas pessoas já foram intimadas a prestar depoimento sobre o caso, porém, ele informou que o responsável por encaminhar mensagens ao celular da professora ainda não foi identificado. Uma das mensagens diz que a morte dela é uma 'questão de tempo'. A vítima denunciou o caso à polícia após várias mensagens , a primeira delas no último dia 26. Porém, antes disso, no dia 24, ela começou a receber várias ligações no celular funcional da universidade. "Ligava e não falava nada. No primeiro dia foram 20 ligações e à princípio pensei que fosse brincadeira, mas depois das mensagens vi que era algo sério", disse. Depois de registrar o boletim de ocorrência, ela recebeu mais torpedos. Um deles dizia: "Você acha que seu boletim de ocorrência (BO) vai me impedir de cumprir minha promessa? Eu sei de todos os seus passos". Lisanil avalia que, diante de alguns episódios ocorridos, as ameaças estejam partindo de alguém que estivesse dentro do campus, porém, o delegado alegou que ainda não poderá fornecer detalhes de quem foram as pessoas intimadas a depor sobre o caso. Ela contou que há alguns dias houve uma explosão no prédio da instituição. "Fui chamada pelos funcionários para verificar o que estava ocorrendo e depois recebi uma mensagem dizendo: Fogo é perigoso, não é mesmo. Por causa disso, tenho a certeza de que quem está mandando mensagens no celular estava aqui dentro", afirmou a professora, porém, sem citar nomes. Em 2010, após ser eleita diretora do campus, Lisanil contou que foi feito um back-up nos computadores antigos da instituição e descoberta uma conversa na máquina usada por uma funcionária, dizendo que iria queimar Lisanil com gasolina. As conversas também foram encaminhadas à polícia para ajudar nas investigações do caso. "Sou uma 'forasteira'. Estou aqui [em Juara] há sete anos e há outras pessoas que se achavam donas do espaço", disse. A professora relatou, que após denunciar as ameaças à polícia, estranhamente o celular sumiu. Depois disso, os torpedos começaram a chegar no telefone pessoal dela. "No último dia 27, fomos jantar com o palestrante de um evento que estávamos realizando e, naquele momento recebi a seguinte mensagem: 'o teu passado vai lhe acompanhar sempre e eu também, bom apetite'.
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