Detran vai fazer leilão de carros em Cáceres
Por Glaucio Nogueira
08/01/2014 - 10:35
Com mais de 18,5 mil veículos em seus pátios, o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran/MT) vai realizar, no primeiro semestre deste ano, 5 leilões em todo o Estado. A ideia é comercializar cerca de 3 mil veículos e desocupar uma parte dos espaços hoje ocupados por carros, motocicletas, caminhonetes e caminhões que foram apreendidos, em alguns casos, há mais de 1 ano. A medida também visa reduzir os gastos do órgão com locação de áreas e segurança, para tentar impedir a ação de criminosos.
O primeiro leilão de verá ocorrer na segunda metade de fevereiro, em Cuiabá, com aproximadamente 250 lotes. Até o final de junho, a intenção é fazer
o mesmo nos municípios de Sinop, Rondonópolis, Barra do Garças e Cáceres. Em cada um destes leilões, a ideia é vender entre 600 e 700 veículos.
Os carros e motos que não tiverem compradores, serão colocados à venda em novos leilões, como sucata, para oficinas e desmanches. Presidente do Detran, Eugênio Destri explica que, pela legislação, carros e motocicletas apreendidos há mais de 90 dias já podem ser leiloados. “No entanto, temos automóveis que estão nos pátios há mais de 10 anos, sem que tenha havido o processo de comercialização, nem para que voltem a rodar, nem como material inservível”.
Apenas em Cuiabá, são mais de 5,3 mil veículos, sendo 4.173 motocicletas e 1.235 automóveis, caminhonetes e caminhões. Boa parte deste ‘estoque’ refere-se a veículos deteriorados, alguns verdadeiras sucatas.
A quantidade de motos impressiona para quem vai até a sede do órgão em Cuiabá. As apreensões ocorrem, em regra, pelo atraso no pagamento da taxa anual de licenciamento.
“Para que eles sejam retirados dos pátios, há uma cobrança de diária com um custo de R$ 4 para motos e R$ 7 para os automóveis, nos primeiros 55 dias, e R$ 7 para motocicletas e R$ 11 aos carros e caminhonetes a partir daí”.
O que ocorre, segundo o presidente do Detran, é que muitas pessoas, por razões nem sempre explicáveis, preferem abandonar os veículos nos pátios. “Temos 2 custos grandes com isso, que é, no caso da Capital, a locação de uma área externa para guarda dos veículos e a contratação de seguranças especializados, para impedir a ação de criminosos.
Com os leilões ocorrendo de forma cada vez mais célere, pretendemos reduzir bem a quantidade de veículos sob nossa responsabilidade”.
Destri projeta que à medida em que a comissão, criada para operacionalizar os leilões, adquira mais prática, seja possível realizar outras vendas de carros e motos. “Nossa intenção é acelerar esse procedimento, para que não haja mais um acúmulo tão grande”.