PP não deve fazer vaquinha para pagar multa
Por Diário de Cuiabá
23/01/2014 - 09:04
O ex-deputado federal Pedro Henry (PP) não deve ter ajuda da famosa “vaquinha” para pagar a multa determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participar do esquema do Mensalão. O valor que o progressista precisa pagar ultrapassa a marca dos R$ 900 mil.
Conforme o deputado estadual Antônio Azambuja (PP), ainda não há dentro da agremiação nenhuma movimentação no sentido de arrecadar dinheiro para ajudar o correligionário.
No mês passado, a defesa de Henry já havia informado que ele não teria condições de pagar a multa e que pediria um parcelamento do débito.
O progressista deve seguir o exemplo do que fez o ex-tesoureiro do extinto PL (hoje PR), Jacinto Lamas. Também condenado por participar do esquema, ele solicitou à Vara de Execuções Penais o parcelamento de sua multa – aproximadamente R$ 370 mil - em 180 vezes. Caso o desejo seja concedido, ele terá 15 anos para quitar o débito.
O único condenado do Mensalão que pagou a multa a vista foi o petista José Genuíno. Na última segunda-feira (20), os R$ 667.513,92 foram repassados à União. A família dele conseguiu a verba graças a uma campanha na internet que teve a adesão de mais de 2 mil pessoas.
A exemplo de Genuíno, o ex-deputados José Dirceu e João Paulo Cunha e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, também estão em campanha para angariar recursos para o pagamento das multas.
BENS - Na campanha eleitoral de 2010, quando conquistou a reeleição, Pedro Henry declarou ter patrimônio de R$ 1,4 milhão. O bem de maior valor era um apartamento na cidade litorânea de Santos, em São Paulo. Na época, o imóvel foi avaliado em R$ 320 mil.
Hoje, o ex-parlamentar recebe salário de R$ 7,5 mil ao mês para atuar como coordenador administrativo no Hospital Santa Rosa.