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PF investiga pedofilia internacional
Por Joanice de Deus/Diário de Cuiabá
19/03/2014 - 05:42

Foto: ILUSTRATIVA

Esquema com troca de imagens de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito tem ramificações em Mato Grosso, segundo a Polícia Federal 

 
 
A Polícia Federal (PF) investiga um esquema de pedofilia internacional com ramificações em Mato Grosso. Ontem, em cumprimento a seis mandados de busca e apreensão foi deflagrada a operação “Anjos na rede”, em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Tangará da Serra. Agora, a PF tenta identificar as pessoas suspeitas de armazenarem, comprarem e compartilharem fotos e vídeos de crianças e adolescente em cenas de sexo explícito. 

Da Delegacia de Defesa Institucional de Combate à Pornografia pela Internet, o delegado Dennis Cali, informou que o crime começou a ser investigado há sete meses, após notícia crime dos Estados Unidos (EUA), que identificaram alguns IPs (endereço de internet) do Estado comercializando pornografia pela internet. 

Desde então, cinco casas e uma lan house vêm sendo rastreadas. “Foram interceptadas comunicações, troca de imagens de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito e com base nessas informações instauramos o inquérito”, comentou. A quebra do sigilo telemático dos suspeitos foi autorizada pela Justiça. 

Conforme Cali, as imagens que embasaram o início das investigações foram acessadas em chats ou comunidades voltadas para a disseminação do material pornográfico. “Existem comunidades em que, para se entrar, é necessário postar uma imagem de crianças nesta situação”, comentou. 

Na operação foram apreendidos computadores, discos rígidos e mídias, como CDs e pen drives. “A materialidade do crime já temos. O que a gente busca agora é identificar a autoria e o próximo passo é a análise do material apreendido”, informou. Mandados de prisão podem ser solicitados a qualquer momento. 

Conforme Cali, como são imagens e vídeos de crianças que circulam pela internet, existe certa dificuldade em saber a origem ou identificar a vítima. “Há comunidades virtuais de pessoas que trocam esse tipo de material de pedofilia, então, o foco da investigação é esse. Mas, se durante a investigação perceber que há criança brasileira e se a vítima for identificada o crime é mais grave, que é o de estupro”, explicou. 

Identificados, os envolvidos responderão por publicar, adquirir, possuir, trocar ou compartilhar imagens ou fotos que contenham cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, com pena que varia de três a seis anos de reclusão.
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