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Não precisa ter medo!
Por por Mariane Predes Bueno (*) e Ernani Caporossi (*1)
12/05/2014 - 13:21

Foto: assessoria
 

Muitas pessoas temem a “assustadora” cadeira do dentista - algumas chegam a sentir pânico. Se uma simples consulta já é motivo de medo, imagina se submeter a um tratamento de canal, famoso por estar ligado a muita dor e desconforto! Talvez poucos saibam, mas problemas dentais são responsáveis pela segunda mais intensa das dores existentes, perdendo apenas para cólicas renais.

 

 Esta “fama” se arraigou na população, porque até recentemente as tecnologias utilizadas no tratamento de canal eram precárias, o que resultava em um tratamento demorado e quase sempre doloroso. Muitos eram os problemas – alguns, inclusive, provocavam a perda do dente.

 

 A boa notícia é que os avanços na área estão mudando esta fama. Atualmente, quem se submete a uma endodontia (tratamento de canal) afirma que o procedimento pode, sim, ser indolor. 

 

 Além dos analgésicos, que deixam o paciente mais confortável, novas tecnologias contribuem para reduzir o tempo do tratamento. Em alguns casos, quando não há infecção, o problema pode ser solucionado em uma única sessão.  Até o profissional é beneficiado, com o fim das dores nos braços e nas mãos, porque deixa de fazer movimentos repetitivos durante horas.  

 

A tecnologia contribui também para a sustentabilidade ambiental, ao diminuir o número de raio x tirados durante o tratamento – há aparelhos que informam a medida correta para o profissional trabalhar dentro da raiz do dente.   

 

 Naturalmente, muitos pacientes, quando vão consultar o endodontista, chegam com dor, já que o dente inflamado dá origem a inchaços que comprimem os nervos. E, justamente por causa deste sofrimento, ficam receosos em tratar o canal.

 

 Para se ter uma ideia do porquê de tanta dor, basta um simples exemplo: quando batemos uma perna ou um braço, eles incham porque estão livres para se expandir. Já o nervo, quando inflama, não tem espaço para expansão, porque está dentro do dente, dentro de uma “casinha”, cujo tamanho não se altera, porque as paredes são rígidas. Por causa disso, há uma pressão muito forte, parecendo que um coração pulsa dentro do dente. 

 

 Analgésicos e antiinflamatórios aliviam a dor, mas não resolvem. Quando se chega a este estágio, o tratamento de canal é inevitável. É preciso remover o nervo e todas as bactérias do interior do dente e, em seguida, vedá-lo com material odontológico adequado.  

 

Quanto mais o paciente demorar em iniciar o tratamento, as bactérias, que invadiram o espaço, vão causar cada vez mais inflamação e infecção, o que pode exigir um procedimento mais complexo.

 

Na maioria das vezes, esses microorganismos alcançam a polpa através da cárie, mas o canal também pode ficar comprometido por outros fatores, como traumas, fraturas, repetidas restaurações e outras doenças periodontais.

 

Manter a higiene bucal em dia é fundamental, porque evita que a cárie atinja a parte interna do dente e gere um tratamento de canal. Além disso, somente as visitas periódicas ao dentista podem prevenir estes problemas.

 

Sempre tire suas dúvidas com o dentista. A primeira consulta é muita importante.  

 (*) Especialista em Endodontia

 (*1) – Especialista em Odontologia Estética 

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