A morte do ex-secretário de Infraestrutura dos governos Blairo Maggi e Silval Barbosa, Vilceu Machetti, foi motivada por ciúme de seu caseiro, Anastácio Marafon, 53 anos, preso na madrugada desta terça-feira, ainda dentro da fazenda e com sinais de embriaguês. O ex-secretário foi assassinado na noite de segunda-feira com dois tiros, um no peito e outro na cabeça.
O caseiro, que estava trabalhando há duas semanas na fazenda Mar Azul, que o ex-secretário arrendava de um de seus sócios, conhecido como Nery, confessou a autoria do crime. Ele está sendo interrogado na Delegacia de Santo Antônio do Leverger, para onde foi levado após a prisão e disse à delegada Anaide Barros que sua mulher havia reclamado que o ex-secretário havia passada a mão em suas nádegas.
Irritado com o que a mulher havia dito, resolveu tomar algumas pingas e à noite entrou na casa da fazenda onde Vrceu Marchetti se encontrava com a esposa, um de seus filhos e o sócio Nery. Lá houve uma discussão entre os dois e Marafon desferiu os dois tiros – um no peito e outro na cabeça – fugindo em seguida. Anastácio Marafon disse ainda que jogou a arma em um rio próximo da fazenda e se escondeu na própria propriedade, onde foi encontrado.
O sócio do ex-secretário Vilceu Machetti, conhecido no Nery confirmou à polícia que chegou a ouvir a discussão do ex-secretário com o caseiro e os tiros e depois viu Marafon fugindo.
Toda a cúpula da Polícia Militar e da Polícia Civil está na delegacia de Santo Antônio do Leverger para ouvir o depoimento do caseiro e de sua mulher.
O corpo do ex-secretário já está no Instituto Médico Legal de Cuiabá, onde irá passar por exames de necropsia e será liberado ainda hoje para o velório que deve acontecer em Primavera do Leste.
Marchetti era acusado de desvio de dinheiro público no caso que ficou conhecido como “Escândalo dos Maquinários”, que foi o superfaturamento da compra de tratores e outros equipamentos para 141 prefeituras de Mato Grosso em 2009.