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Cassação Demóstenes: menos mal, mato-grossenses foram favoráveis
Por Diário de Cuiabá
12/07/2012 - 11:50

Foto: arquivo
Os três senadores mato-grossenses - Pedro Taques (PDT), Blairo Maggi (PR) e Jayme Campos (DEM) - votaram pela cassação do senador goiano Demóstenes Torres (sem partido). O parlamentar pedetista, que também é relator do processo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), fez um discurso admitindo estar decepcionado com as atitudes do parlamentar cassado, a quem tinha como um amigo. “É imensa, senador Demóstenes, imensa, repito, minha tristeza ao perguntar, desta tribuna, se o homem que ora homenageio, o homem que o senhor foi, se deixou sobrepujar por este que, dizem, e os autos demonstram, o senhor se tornou. Em nome dessa decepção, eu clamo a Vossa Excelência que prove na Justiça que tudo o que dizem, e os autos demonstram, não é verdadeiro. Que o cavaleiro da ética nunca se perdeu nas facilidades das coisas pequenas; que a alma de um destemido não tem preços; que a clareza da alma não se turvou nos jogos da vida”. Antes do ex-parlamentar goiano, explanaram suas posições o senador Humberto Costa (PT), relator do conselho de Ética e Decoro Parlamentar, e também o senador Pedro Taques, relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Taques, antes da votação, preferiu não entrar no mérito da questão e avaliou apenas os aspectos leais do processo. Segundo ele, ficou comprovado que “Demóstenes adotou conduta incompatível com o decoro, ferindo de morte a dignidade do cargo e a ética que se impõe a parlamentares”. O senador Jayme Campos, por sua vez, acredita que Demóstenes cometeu um erro em não ter renunciado ao seu mandato. “Não tinha mais clima para ele aqui. Este assunto já estava estressante no Senado. Ele já devia ter renunciado”. O ex-parlamentar declarou durante em seu discurso em Plenário que não renunciou ao mandato porque devia explicações para sua família. “Me perguntaram: por que você não renuncia? Porque eu não podia sair do Senado sem dar explicação para minha mulher, meus filhos, minha neta, meus amigos e meus eleitores. Porque quem cassa senador é senador, e não a imprensa! Por favor, me deem a oportunidade de provar [a minha inocência]. Não acabem com a minha vida. Não me deixem disputar outra eleição para senador só em 2030”. Apesar disso, Jayme acredita que o Senado cumpriu sua parte e, agora, afirma que irá aguardar o julgamento do mérito. “O que aconteceu no Senado foi um julgamento político. O mérito da questão vai ser julgado pelo Judiciário. O que cabia para o Senado, o Senado fez”. Demóstenes ainda tem a prerrogativa de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no entanto sua defesa já havia anunciado antes mesmo do início da sessão que não tem pretensões de questionar a decisão.
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