Como o Diário de Cáceres havia noticiado há uma semana, continua faltando soro antiofídico nas unidades de saúde, nas cidades do interior e também na Capital. O soro é disponibilizado pelo Ministério da Saúde à Secretaria de Estado de Saúde, que faz o repasse aos municípios. As doses são encontradas apenas nas unidades que atendem pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.
Na semana passada, após a reportagem ter sido veiculada, foram disponibilizadas em Cáceres 20 doses do soro. A fonte que prestou a informação pediu que seu nome fosse resguardado, mas informou que as doses “fariam parte da reserva técnica –para ser usadas quando não mais doses disponíveis”. As doses são distribuídas pelo Escritório Regional de Saúde (a reportagem tentou contato, mas não conseguiu).
Ainda bem que havia a reserva técnica, porque as doses foram usadas. Cáceres atendeu três casos de vítimas picadas por cobras venenosas em apenas uma semana. A fonte revelou que o que vem ocorrendo é atípico, pois o ataque de animais peçonhentos costuma acontecer no período das águas –que já assou, ou no das queimadas, que está começando. “Em Cáceres, o número de atendimento a acidentes desse tipo dobrou nos últimos três meses”-afirmou- “Um salto de 7 para até 16 casos/mês.”
Veja o motivo da falta do soro, na reportagem feita pelo G1 MT, que fala inclusive do caso de um morador de Pontes e Lacerda que foi regulado pelo SUS em Cáceres, mas seguiu para atendimento na Capital, já que aqui não havia nenhuma dose do soro.
Unidades de saúde do interior e da capital têm registrado casos de falta de soro antiofídico, o antídoto utilizado em casos de ferimentos causados por cobras peçonhentas, em Mato Grosso. No Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), foram encontradas nesta semana apenas 12 ampolas do medicamento, número suficiente apenas para um paciente em casos graves. O estado alega que o Ministério da Saúde precisa regularizar as remessas do soro para Mato Grosso.
Desde janeiro, 76 pessoas foram picadas por cobras no estado este ano, sendo 25 em Cuiabá. A regularidade com que ocorrem no os ataques de cobras e outros animais peçonhentos no estado, aliada à atual falha no recebimento do soro antiofídico nas unidades de saúde, gera problemas que podem comprometer a saúde de pacientes.
É o caso do filho de Ivonete Conceição, de 11 anos. há mais de dez dias internado no PSMC. Ele foi picado por uma cobra enquanto brincava no quintal da casa da família em PE mesmo no PSMC a situação gera preocupação. Até esta semana a unidade contava com apenas 12 ampolas de soro antiofídico no estoque, número insuficiente para assegurar tratamento à demanda média de 17 a 20 casos por mês (nos primeiros dez dias de junho, nove pacientes apareceram no PSMC feridos por animais peçonhentos).
Dependendo da gravidade do caso, quando o animal peçonhento consegue inocular uma quantidade maior de veneno no organismo da vítima, são necessárias dez ou 12 ampolas de antiofídico para o tratamento para apenas um paciente.
Procurada, a Secretaria de estado de Saúde (SES) explicou que o soro antiofífico é um medicamento distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde às unidades de todo o Brasil, competendo a ele manter os estoques. Em maio o Ministério divulgou problemas contratuais no processo de aquisição do medicamento e, segundo a Vigilância Epidemiológica de Mato Grosso, ainda não há uma definição por parte do governo federal de quando será restabelecida a remessa do soro antiofídico às unidades de saúde.
Enquanto o governo federal não regulariza a compra e a remessa do medicamento, a orientação da Vigilância Epidemiológica é de que a população redobre os cuidados em locais de mata, de modo a evitar a exposição a animais peçonhentos.
Porto Esperidião, município a 258 km da capital. A unidade de saúde no município estava sem soro antiofídico no estoque e a criança teve de ser transferida para Cuiabá, sofrendo o risco de ter de amputar um dedo.
E mesmo no PSMC a situação gera preocupação. Até esta semana a unidade contava com apenas 12 ampolas de soro antiofídico no estoque, número insuficiente para assegurar tratamento à demanda média de 17 a 20 casos por mês (nos primeiros dez dias de junho, nove pacientes apareceram no PSMC feridos por animais peçonhentos).
Dependendo da gravidade do caso, quando o animal peçonhento consegue inocular uma quantidade maior de veneno no organismo da vítima, são necessárias dez ou 12 ampolas de antiofídico para o tratamento para apenas um paciente.
Procurada, a Secretaria de estado de Saúde (SES) explicou que o soro antiofífico é um medicamento distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde às unidades de todo o Brasil, competendo a ele manter os estoques. Em maio o Ministério divulgou problemas contratuais no processo de aquisição do medicamento e, segundo a Vigilância Epidemiológica de Mato Grosso, ainda não há uma definição por parte do governo federal de quando será restabelecida a remessa do soro antiofídico às unidades de saúde.
Enquanto o governo federal não regulariza a compra e a remessa do medicamento, a orientação da Vigilância Epidemiológica é de que a população redobre os cuidados em locais de mata, de modo a evitar a exposição a animais peçonhentos.