O Gefron nasceu a partir de uma discussão conjunta entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública e os 11 estados da federação que fazem fronteira com outros países, incluindo Mato Grosso.
O projeto, orçado à época em R$ 5,5 milhões, considerava peculiaridades como a grande faixa seca e também os rios da região.
“Começamos a operar o Gefron com quase 40 viaturas, entre caminhões home care, que possibilitava a guarnição permanecer dias em determinado lugar da região de fronteira. Nós também trouxemos armamento atualizado na época chamado sniper, fuzil de alta precisão”, destacou.
Um dos fundamentos era a integração das forças de segurança: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Polícia Judiciária Civil.
“O Gefron era efetivamente uma força integrada, dotada de capacidade operacional em termos de transporte, mobilidade e comunicação”, disse Sales.
O relacionamento era muito estreito com as autoridades bolivianas, conta Sales, com a realização de seminários, palestras e intercâmbio de experiências e informações.
“As autoridades da Bolívia também estavam incomodadas com tanta criminalidade operando ali naquela região e nos ajudaram muito”, disse.
Importância para o país
Aos 55 anos, casado e pai de dois filhos, Sales, que está na reserva da Polícia Militar, descreveu o grupamento como o maior projeto que implementou em sua carreira. Uma referência nacional.
“Quero parabenizar a todos aqueles que integram o grupo e também trazer uma palavra de incentivo para que continuem a fazer esta força ser reconhecida não apenas pela população fronteiriça. O Gefron é útil não apenas para Mato Grosso, mas para o Brasil e o mundo”.