Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente: casos de abuso de pais contra filhos vêm aumentando
Um homem de 42 anos, identificado pela Polícia Civil somente pelas iniciais R.M.B., foi preso pelos agentes da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) sob suspeita de ser o autor de estupros consecutivos de três meninas, suas filhas biológicas. O filho de R., J.S.B., 21 anos, também é suspeito de estuprar suas três irmãs.
A prisão do pai aconteceu na segunda-feira (19), no bairro Novo Tempo, onde toda a família mora. O filho também suspeito de estupro conseguiu fugir.
Ronaldo M.B. teve seu mandado de prisão temporária, cujo prazo é de 30 dias, decretado pela 14ª Vara Criminal de Cuiabá e cumprido pela Polícia Civil.
Quando ficou sabendo que seria preso, Ronaldo primeiro tentou fugir dos investigadores, além de mentir o próprio nome, na tentativa de não ser identificado.
Pai e filho estavam sob a investigação de uma das equipes da Deddica desde agosto passado, após o caso chegar ao conhecimento da Delegacia Especializada por meio de uma denúncia realizada pelo Disque-100.
A responsável pelo relato contava que três meninas com idades de nove, dez e doze anos eram constantemente estupradas na casa delas, tanto pelo pai quanto pelo irmão.
A investigação revelou indícios dos crimes denunciados e a confirmação veio por parte das próprias vítimas.
A mais velha delas, a de 12 anos, disse que tudo acontecia quando a mãe das meninas saía para trabalhar.
A mãe, em interrogatório, disse jamais ter desconfiado de nada.
Nada sabia, de acordo com o depoimento na Deddica.
Os abusos e estupros da irmã mais velha aconteciam há pelo menos seis anos.
Ela também confirmou que suas irmãs sofriam a mesma violência tanto por parte do pai quanto de seu irmão.
O exame médico confirmou que todas as três crianças tiveram seus hímens rompidos.
O pai delas confirmou que teria “apenas” colocado o pênis nas bocas das filhas, mas negou conjunção carnal.
A previsão de conclusão do inquérito policial é de 30 dias, mas a prisão preventiva do suspeito pode ser decretada logo após o fim dessa investigação.