Acusado de matar a jovem Vanessa Tito Poquiviqui Ramos, 20, asfixiada, o foragido da Justiça, Maykon Junior da Silva Dantas, 30, criou um perfil no Facebook para se defender e criticar a vítima que era sua namorada. Ele teve a prisão preventiva (30 dias) decretada pela 2ª Vara de Violência Doméstica de Cuiabá e está foragido desde o dia 31 de janeiro quando Vanessa foi encontrada morta na casa dele, no bairro Três Barras, em Cuiabá.
Se intitulando ‘Vulgoo MJ JP’, Maikon pediu para ler sua mensagem, postada no dia 3 de fevereiro, com atenção. Ele negou ter matado Vanessa e admitiu terem discutido e brigado por ela estar, segundo ele, recebendo mensagens e ligações de “outros caras”. Por este motivo, ele relata que tentou terminar o relacionamento de pouco mais de um mês.
Divulgação Vanessa e Maikon moravam juntos a cerca de um mês na casa da família dele. |
“Quando resolvi terminar com ela (Vanessa), ela bebeu Big Apple, álcool com arnica etc... Ela ainda tomou alguns remédios, devido a garganta dela que estava ruim [...] Então deu convulsão nela”, escreveu. Ele admitiu ter feito o vídeo assim que acordou com Vanessa caindo e batendo o rosto na quina de um móvel.
“Fiz um vídeo quando acordei e vi ela bêbada e machucada, pois achei que era moagem de bêbado... Mas logo vi que ela estava fora de si parecendo estar endemoniada ou sei lá, falava altas coisas”, continuou.
Maikon se diz triste por estar sendo condenado e taxado de “raça infame”. “Por mais que recebi várias ameaças de morte e estou aí vagando pelo mundo, queria dizer que estou sendo condenado sem ouvirem a minha versão [...] Estou sem vida porque ela morreu na minha frente ainda fiz massagem cardíaca pra reanimar ela”, afirmou.
O acusado ainda criticou desde o trabalho realizado pela Polícia Militar até a investigação dos peritos e investigadores que atuam no caso. “No boletim de ocorrência colocaram que tinha um pacote de cocaína, quem me conhece sabe que não uso! Colocaram que acharam faca, mas quero ver se eles acharam sangue nessa faca que eles pegaram em qualquer lugar”, sugere.
“A perícia diz que ela morreu 2 ou 3 da madrugada, sendo que o vídeo foi 7h20 quase 8 (da noite). Não sou nenhum santo, mas não vou assinar algo que não é verdade”, ressalta. “Espero que ninguém passe por isso ou que passem por algo que tudo leva a crer que foi você, mas sendo que não”, completou.
Ao finalizar, ele diz que tinha um relacionamento harmonioso com Vanessa. “Nós saíamos para vários lugares, íamos direto no Parque das Águas, casa da minha avó e etc... Vivíamos em harmonia e em busca do progresso”.
Maykon utilizou hashtags para destacar que ‘mesmo sendo acusado não sou inimigo’ e ‘quem conhece sabe que não admito traição’ e também anunciou que publicaria o vídeo em seguida.
No post ele fez um adendo em relação ao seu histórico criminal que envolve uma condenação por lesão corporal registrado em 2009, um procedimento por porte ilegal de arma de fogo em 2011, outro crime de lesão corporal contra uma menor de idade e por fim uma passagem registrada em 5 de outubro de 2017 pelo crime de violência doméstica, com lesão corporal.
O perfil já foi apagado na rede social.
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