Há dois meses, o atual candidato a prefeito pelo PSC, José Eduardo Torres (Zé Eduardo), esteve na colônia de pescadores Z 2 para comprar peixe. Foi informado, com surpresa, que não poderia mais adquirir pescados lá. Segundo informações, a presidente da colônia, vereadora Elza Bastos (PSD), deixa uma lista com as indicações de onde é possível adquirir pescados atualmente, ou seja, com os atravessadores.
“Mesmo tendo um freezer lá para estocar os produtos, os pescadores precisam se apressar para entregar o que tem aos comerciantes locais e não podem mais vender ao consumidor final”, comenta Zé Eduardo, indignado. Isso porque, explica o candidato, eles adquirem uma certa quantidade de gelo antes da pesca. Ao retornarem de um dia de trabalho, o gelo está praticamente todo derretido e, com o calor que faz em Cáceres, o produto precisa ser entregue rapidamente para não apodrecer. “Com receio de perderem o produto fresco, eles acabam fazendo, em geral, mau negócio com o atravessador”, revela Zé Eduardo.
Hoje em dia, a colônia tem cerca de 1 mil pescadores cadastrados, que pagam mensalidade de R$ 25,00. “Este valor dá direito apenas a adquirir uma guia de transporte do que eles pescam, mas isso é um absurdo porque eles já têm a carteira profissional. Por que precisam comprovar duas vezes que têm o direito de transporte?”, questiona Zé Eduardo. Em caso de atraso desta mensalidade, a colônia não emite a guia até que o pagamento seja quitado. “Apesar de serem obrigados a pagar mensalidade, eles não têm direito a nada”, ressalta o candidato.
Além disso, cada pescador pode transportar até 120 kg por semana, segundo contam os próprios profissionais da área. “Se pescam mais, não podem escoar esta venda”, ressalta Zé. Outra situação apontada pelos trabalhadores é a falta de um estaleiro para guardarem, com segurança, suas embarcações.
Esta é uma das primeiras iniciativas que o candidato se comprometeu a fazer em sua gestão: a criação de um estaleiro que dê condições e tranquilidade para que o pescador atraque seus barcos. “O espaço é concedido pelo Ibama e há perfeitas condições de fazermos um mercado de peixe lá para venda direta entre pescadores e consumidores”, ressalta Zé. Para isso, Zé Eduardo compromete-se em fornecer câmera fria para estocagem dos peixes e uma máquina de gelo, para fabricação própria, a fim de que os pescados continuem frescos por mais tempo.
“A mensalidade que eles pagam será revertida para beneficiá-los com um convênio médico e jurídico”, diz Zé, que pretende eliminar a obrigatoriedade desta guia para transporte dos pescados. “Vamos tomar as medidas necessárias para desburocratizar a vida desses profissionais e promover melhor qualidade de vida para eles e, consequentemente, suas famílias.”