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Unemat comemora a Semana dos Museus com três exposições simultâneas
Por Hemília Maia
17/05/2022 - 16:01

Foto: Moisés Bandeira

O Centro de Pesquisa e Museu de Humanidades Alaíde Montecchi (Mham) da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) está realizando a “Semana dos Museus” de hoje, até sexta-feira dia 20 de maio, das 8h às 12h com três exposições simultâneas. “Numismática voltada ao conhecimento histórico: O bicentenário da Independência do Brasil (1822- 2022)”, “Daveron: Memórias e Imagens do Pantanal” e "Memória Sebastião Mendes"

A temática “Humanidades: vozes no presente” corrobora com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), ao qual o Mham é cadastrado, que na Semana dos Museus comemora o Centenário da Semana de Arte Moderna sob a temática “O poder dos museus”. No dia 18 de maio se comemora o Dia Internacional dos Museus. 


 

Na sala um do Mham a exposição Numismática voltada ao conhecimento histórico: O bicentenário da Independência do Brasil (1822- 2022) exibe o acervo privado do professor de História, Matheus de Mesquita e Pontes e também curador da exposição. A coleção é composta de moedas e notas que perpassam a história brasileira dividida em: Período Imperial (1822-1889); Primeira República (1889-1930); Ditadura Vargas (1930-1945); Brasil Democrático: Os governos desenvolvimentistas (1946-1964); Ditadura Militar (1964-1985); Democratização e Instabilidade Econômica (1985-1994) e Plano Real (1994-2022). A mostra ainda conta com moedas raras. 

Daveron: Memórias e Imagens do Pantanal está exposta na sala dois sob a curadoria do professor de História da Unemat e diretor do Mham, Acir Fonseca Montecchi. Em exibição fotos, recortes de jornais e até um filme, do acervo do Núcleo de Documentação da História Escrita e Oral (Nudheo/Unemat), todos doados pela família de Solon Daveron. A mostra fala sobre o americano Daveron, nascido na Flórida, que veio ao Brasil pela primeira vez em 1931 como médico da “Matto Grosso Expedition” e após muitas idas e vindas, sempre a serviço de empresas americanas, fixa residência em Cáceres em 1951, onde viveu até sua morte, em 1987, aos 87 anos. Atualmente, sua propriedade é um local turístico pertencente ao município que a adquiriu de sua família.

 

Na sala três do Mham a Semana de Arte Moderna não deixa de ser rememorada. A exposição: Memória Sebastião Mendes traz grandes painés da primeira fase do artista plástico Sebastião Mendes membro da Academia Brasileira de Artes e que fez várias exposições internacionais levando os signos da cultura Mato-grossense, principalmente a viola de cocho, para lugares distantes como Alemanha, Austrália, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Noruega, Portugal, Suíça, entre outros. Além dos painés do acervo do Mham, a mostra exibe obras da fase que consagrou Sebastião Mendes pertencentes ao acervo da reitoria da Unemat e obras do curador Carlos Alberto Bosquê que homenageiam o amigo. O artista, que morreu em outubro de 2020, dizia ter encontrado seu estilo sob a influência de artistas como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Portinari.

 

Legenda: Painel e retrato de Sebastião Mendes feitos pelo amigo e curador da exposição Carlos Alberto Bosquê  


 

Legenda: Painéis da primeira fase do artista plástico Sebastião Mendes - Acervo Mham 

O filme - A Matto Grosso Expedition veio ao Brasil com a finalidade principal de produzir um filme sobre Sasha Silmel, uma espécie de guia turístico a época. Sasha era natural da Letônia, mas vivia no Brasil e havia aprendido com os índios Guató a técnica de matar onças com um tipo de lança chamado zagaia. A tecnologia da época não foi capaz de registrar o feito, mas entrou para a história do cinema com o filme “Mato Grosso a grande floresta brasileira” por ser o primeiro filme com vídeo e áudio capturado simultaneamente em ambiente externo. Até então, a câmera usada só havia sido utilizada em estúdios. O filme hollywoodiano foi financiado pelo magnata da indústria fonográfica Fenimore Johnson, gravado na Fazenda Descalvados, a época de propriedade da Brazil Land and Cattle & Pecking Company e dirigido por Floyd Crosby, ganhador do Oscar de Melhor Fotografia, em 1930, pelo filme Tabu: Uma história dos mares do sul.


 

 

Para assistir o filme Mato Grosso a grande floresta brasileira que tem 48 minutos de duração é preciso encaminhar e-mail para nudheo@unemat.br, aos cuidados de Reinaldo Norberto. 


 

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