O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem que as desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) concedidas para estimular o consumo de carros, eletrodomésticos de linha branca e móveis vão ser, na maioria dos casos, gradualmente retiradas no próximo ano. A previsão é de em julho, a maioria das alíquotas de IPI volta ao normal. No caso de carros de 1.000 cilindradas, por exemplo, a alíquota de IPI sobe de zero para 2% em janeiro e depois para 3,5% em abril. Em julho, ela volta a ser de 7%. Esta é a terceira prorrogação do benefício tributário para veículos desde seu anúncio, em 21 de maio. A primeira foi em agosto, a segunda em outubro e o prazo final seria dezembro. A principal exceção é o segmento de caminhões, cuja alíquota do imposto ficará zerada permanentemente. No caso da máquina de lavar, também não haverá mudança, e o IPI continuará em 10%. O ministro disse que ainda será avaliado se haverá aumento no segundo semestre. Segundo Mantega, o governo decidiu retirar gradualmente os estímulos porque "já houve uma recuperação do mercado". A renúncia fiscal estimada para 2013 por causa da alíquota menor é de R$ 2,06 bilhões no caso dos veículos, R$ 550 milhões por causa da linha branca e R$ 650 milhões no caso dos móveis.