Ao RDNews, Francis diz que greve é 'política'
Por RDNews
28/08/2013 - 15:40
Após cessarem a greve no início deste mês, os servidores de Cáceres retomaram a paralisação na última quinta (22) e ontem (27) fizeram a recepção da prefeitura como palco de um “acampamento”, no qual instalaram até fogão e geladeira a fim de permanecerem até quinta (29), quando haverá reunião com a comissão formada por membros da prefeitura e do Sindicato dos Servidores de Cáceres. Os funcionários, ao adentrarem no Executivo, gritavam palavras de ordem como “Fora Francis”, “Queremos trabalhar. Queremos nosso reajuste”.
Segundo o presidente do Sindicato, Claudiney Lima, os servidores querem acelerar os trabalhos da comissão, que, segundo ele, ainda não foi oficialmente decretada pelo prefeito Francis Maris (PMDB). “Apesar do salário deles ter sido pago em julho, o prefeito não quer se comprometer em continuar pagando todo dia 5 do mês o salário. Ele não nos deu garantia que priorizará os servidores”, ressalta.
A categoria luta pelo reajuste salarial e por melhores condições de trabalho. Conforme Claudiney, até o momento, foi feito um pregão, no entanto, não chegou nada no município. Ele destaca que apenas uma enorme quantidade de álcool líquido foi entregue, porém, somente isso não corresponde à expectativa da classe. “Acho está errada essa quantidade de álcool, porque as coisas mais necessárias ainda não chegaram”.
O presidente disse ainda que o pronto-socorro está atendendo a comunidade, mas o médico, ao receitar algum medicamento para os usuários do SUS, indica que o paciente deve comprar o remédio, pois na unidade não há como medicar. Diante dos fatos, o prefeito alega que a situação está sob controle e que a greve dos servidores é política. O peemedebista afirma que está confiante e espera que a Justiça julgue improcedente a paralisação, assim como fez no último dia 2. “A última greve gerou um prejuízo na arrecadação de mais de R$ 1 milhão. Por isso, espero que a Justiça haja como agiu da outra vez e que os servidores voltem ao trabalho”.
Francis também ressaltou que se não aumentar a arrecadação do município o próximo gestor assumirá a prefeitura com R$ 50 milhões em dívidas. Hoje o débito do Executivo cacerense está em R$ 33 milhões. Dessa forma, o prefeito disse que só poderá resolver a questão do reajuste salarial dos servidores caso a arrecadação seja restabelecida. Para tanto, informou que está entrando em contato com empresas do ramo alimentício para trazer a Cáceres movimentação financeira.