Está previsto para ter início a zero hora desta segunda-feira (21.10), o velório do deputado federal Homero Pereira, no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato grosso (Famato). O enterro, inicialmente era previsto para às11h, no cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá, porém, segundo informações contidas na página oficial da Federação, deverá ser postergado. O horário correto do sepultamento só será informado pela manhã. Aos 57 anos, Homero morreu por volta das 11h30 horas de hoje, em decorrência à metástase de um Adenocarcinoma (tumor maligno), originado no estômago. Desde o dia 16 de outubro ele havia sido liberado do Hospital Sírio Libanês para deixar São Paulo e continuar o tratamento em casa, em Cuiabá, na companhia da família, contudo ele continuou na capital paulista e veio a falecer no hospital onde se tratava desde fevereiro de 2013. Desde o dia 20 de setembro Homero já estava aposentado dos trabalhos na Câmara dos Deputados. No dia 26 de setembro ele havia concedido entrevista coletiva onde anunciara seu afastamento da vida pública justamente para tentar lutar contra o câncer. “Meu projeto daqui para frente é o projeto da vida, é sobreviver, é ficar vivo”. Na mesma entrevista, quando questionado pelo que ele gostaria de ser lembrado, ele respondeu que pela sua contribuição para aprovação do Código Florestal Brasileiro. “Acho que o político que não se especializa, não vai para frente. Acredito que essa tenha sido minha grande contribuição não só para Mato Grosso, mas também para o Brasil, gostaria de ser lembrado por isso”, disse ele ao Olhar Direto Homero começou sua vida pública em 1990 como secretário de Agricultura do então governador Jayme Campos. Depois disso foi deputado estadual e federal por dois mandatos, sempre em defesa dos interesses da agricultura. Homero também destaca-se por ter presidido a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), transformando-a em uma importante e influente organização. Na última entrevista concedida à imprensa o parlamentar também falou sobre a lição que a luta contra o câncer havia deixado para ele. “A lição que fica pra mim de tudo isso é a percepção do quanto somos limitados enquanto seres humanos. Somos um nada, um grão de areia diante da grandeza do universo e é bom refletirmos sobre isso. Nós políticos temos mania de acharmos que somos superpoderosos, mas a verdade é que de nada adiantam grandes projetos se não tivermos saúde. Sem saúde não somos nada”, definiu. Homero Pereira atuou como presidente e vice-presidente da Famato entre 1991 e 2010. Nesse período, profissionalizou a Federação e deu envergadura política e econômica aos sindicatos rurais. Com seu trabalho conseguiu se projetar a deputado federal e na Câmara chegou a presidir a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), da qual se afastou devido aos problemas de saúde. Partiu dele os edifícios da Famato, como a sede do órgão e o Cenarium Rural, no Centro Político e Administrativo (CPA). Depois que deixou a Famato, se elegeu deputado federal em 2006 e 2010, sempre como um dos mais votados. Foi eleito pela primeira vez em 2006, quando obteve mais de 100 mil votos e, na eleição seguinte, conquistou um segundo mandato com 112.421 mil votos. Antes de descobrir a doença, Homero era o principal nome do PSD para a disputa do Senado da República, em 2014. Ao sair do mandato na Camara Federal, ele clamou para que o seu substituto, deputado federal Ságuas Moraes (PT), ex-secretário de Estado de Educação, continuasse sendo um ponto de apoio do agronegócio. “Deixo meu mandato para lutar pela vida”, pontuou ele, há pouco mais de um mês, quando se aposentou.