No início da noite de ontem, 53 médicos, a maioria deles cubanos, desembarcaram no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, para integrar o Programa ‘Mais Médicos’.
Na próxima semana, entre os dias 14 e 16, esses profissionais passarão por um treinamento básico denominado “Ciclo de Acolhimento”, no Hotel Holliday Inn, ministrado pela Universidade Federal de Mato Grosso(UFMT).
Com a chegada desse novo grupo, se aproximará de 180 profissionais, estrangeiros e brasileiros, atendendo em Mato Grosso. Essa seria a meta inicial do ‘Mais Médicos’ para o Estado.
Até o final da tarde de ontem o Ministério da Saúde não havia concluído o processo de distribuição dos novos médicos nos municípios mato-grossenses. Por causa disso, a assessoria de imprensa órgão de saúde não soube informar a lista de cidades que o novo grupo está lotado.
Aqui, em 117 dos 141 municípios a população já conta com os serviços de profissionais desse programa. O professor da Faculdade de Medicina, Reinaldo Mota, tutor do programa, considera extremamente positivo para os municípios e distritos de Saúde Indígena a adesão ao ‘Mais Médicos’.
Apesar das grandes dificuldades vivenciadas na saúde publica de Mato Grosso, Mota diz que esse serviço é um importante como mecanismo de fortalecimento da Atenção Básica por levar mais saúde e qualidade ao cidadão.
Entretanto, destaca o professor, é necessário que os médicos, que atuarão em locais distantes dos grandes centros, tenham condições adequadas de trabalho para que possam contribuir com melhor oferta de saúde à população, juntamente com as demais equipes. A UFMT integra o programa por meio da Secretaria de Articulação e Relações Institucionais (Sari).
Lançado em julho de 2013 pelo Governo Federal, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e UBS e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.
Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês. No caso dos cubanos, esse valor é pago ao Governo de Cuba, que repassa cerca de R$ 2 mil aos médicos. Aos municípios cabe a responsabilidade de garantir alimentação e moradia aos selecionados.
Apesar da definição de que os brasileiros teriam prioridade no preenchimento dos postos de emprego e que somente as vagas remanescentes seriam oferecidas aos estrangeiros, os cubanos estão se tornando a maioria.