Andar esguio, ora dengoso, cabelo esvoaçante, doce sorriso cativante do rosto moreno pantaneiro-faceiro.
Ela sempre estava apta, alegre, decidida e feliz na Praça da Matriz em poder dar tudo de si para o evento...
Ela partiu sem avisar e nos deixou num lastro de dor, sofrimento, lamento e saudade como se sumisse ao vento...
Ela este ano não está entre seus colegas, voluntários, amigos e admiradores dando a sua preciosa ajuda na realização do Fipe que amou...
Ele, o festival, fica vazio sem o brilho no olhar e o sorriso meigo e faceiro dela que com ele tanto brincou...
Cadê ela¿ a morena faceira partiu para o infinito, num grito. Lágrimas, dor, vazio, lamento, sofrimento...
A praça ficou... o rio não mudou... O show começou... Mas Sofia não voltou!
Sobrou a saudade das amizades; o vazio que aumenta o espaço da Sematur e adjacências com a sua sentida ausência.
O canto do cantor ressoa a musicalidade da dor daqueles que por ela ainda sentem e a procura na Praça de Eventos.
O Fipe de novo na boca do povo... Rostos e sorrisos se encontram, o povo passeia, festeja, vibra e comemora a volta do evento;
Só falta ela... Esperar, relembrar ou soluçar... O show vai começar, mas Sofia não vai voltar.
(Homenagem póstuma a Maria Sofia Leite, servidora municipal, que ajudou a organizar vários Fipes com dedicação e carinho. Ela foi brutalmente atropelada e morta em uma das avenidas de Cáceres na manhã de 12 de agosto de 2012.