Apontada como possível sensação da Copa, o Chile terá o apoio de sua torcida, que invadiu Cuiabá, para derrotar a seleção australiana
Chegou a vez de Cuiabá. Depois da festa de ontem em Itaquera, agora é a vez da Brazuca rolar na Arena Pantanal. Será às 18h, quando Chile e Austrália fazem suas estreias no Grupo B que também tem Espanha e Holanda, às 15h, no estádio Fonte Nova.
Foram sete anos, desde o anúncio de que Cuiabá seria uma das sedes da Copa do Mundo, de espera para o torcedor mato-grossense ter o privilégio de ver de perto um jogo da Copa do Mundo. A cidade está repleta de Chilenos – o governo do Estado diz que aproximadamente 20 mil chegaram para acompanhar a seleção chilena que tem astros como Valdívia, que defende o Palmeiras e Mena, jogando no Santos. Enfim, a angustia, a espera chega ao fim. Hoje se verá uma das seleções apontadas como possível sensação da Copa, o Chile desfilando no gramado da nova Arena.
E para ver este desfile ninguém menos do que a presidente do país, Michele Bachelet estará em Cuiabá. Ela desembarca hoje, por volta do meio dia no Aeroporto Marechal Rondon, almoça no Palácio Paiaguás com o governador Silval Barbosa (PMDB). Logo depois deve passar no hotel onde os chilenos estão concentrados para em seguida seguir para a Arena Pantanal.
Se a seleção, que chegou no meio da tarde de ontem a Cuiabá e optou em não fazer nem mesmo um treino de reconhecimento, vai conhecer apenas hoje a Arena, a torcida chilena, vem comandando a festa. Ontem, muitos estiveram na Arena com batuques, apitos e coreografia.
No jogo de hoje, o Chile quer mostrar o que apontam os especialistas, que é mesmo um time ofensivo e que pode ser a grande surpresa, até brigando pelo título. O adversário até que não é difícil, mas vai tentar impor respeito. A Austrália terá menos torcedores, que também estão agitando Cuiabá.
Em partidas oficiais, os chilenos nunca perderam para os australianos: foram três vitórias dos sul-americanos e um empate. Comandada pelo argentino Jorge Sampaoli, discípulo do argentino Marcelo "El Loco" Bielsa, a equipe ficou em 3º lugar nas Eliminatórias e já mostrou que pode surpreender também as grandes seleções.
Estrela do time, o atacante Alexis Sánchez, do Barcelona, joga ao lado de Valdivia, do Palmeiras, Aránguiz, do Internacional, Mena, do Santos, Vargas (ex-Grêmio), atualmente no Valencia, e Pinilla (ex-Vasco), do Cagliari. Outro destaque do Chile, o volante Vidal, da Juventus, passou por uma cirurgia no joelho direito em maio e é dúvida para o jogo contra os australianos.
Com poucas chances no grupo, a Austrália costuma sofrer na mão das grandes equipes. No ano passado, chegou a tomar 12 gols em dois jogos. Perdeu duas vezes por 6 a 0: para o Brasil, em setembro, e para a França, em outubro. O vexame derrubou o técnico alemão Holger Osieck, responsável por conduzir a equipe nas Eliminatórias.
No seu lugar, assumiu o greco-australiano Ange Postecoglu. Sob seu comando, o time australiano tem uma vitória, um empate e duas derrotas: venceu a Costa Rica por 1 a 0, empatou com a África do Sul em 1 a 1, e perdeu para o Equador, por 4 a 3, e para a Croácia por 1 a 0.
Com muita força física, o time aposta nas jogadas aéreas. O destaque é o atacante Tim Cahil, que já defendeu o Everton, da Inglaterra, e atualmente joga no New York Red Bull, dos Estados Unidos.
CHILE
Bravo; Isla, Medel, González e Mena; Carmona, Díaz, Aruinguiz e Valdívia; Vargas e Alexis Sánchez. Técnico: Jorge Sampaoli.
AUSTRÁLIA
Ryan; Franjic, Wilkinson, Spiranovic, Davidson; Jedinak, Milligan; Leckie, Bresciano, Oar; Cahill.
Técnico: Ange Postecoglu
Estádio: Arena Pantanal, em Cuiabá
Horário: 18h
Árbitro: Noumandiez Doue (Costa do Marfim)