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BR 174/Rio Paraguai:DNIT inicia obras para conter erosão
Por Jornal Expressão
04/08/2014 - 10:37

Foto: ILUSTRATIVA

O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) deu início, em Cáceres, a obra de contenção que irá impedir o avanço da erosão do rio Paraguai. O trabalho está sendo realizado na margem do rio, próximo a ponte Marechal Rondon, onde neste ano, no período da cheia, a água ficou a menos de 5 metros do asfalto. No trecho próximo a praia do Julião chegou a aparecer algumas fissuras, ameaçando romper a pavimento. Os engenheiros estão aplicando a técnica do “envocamento” – processo que consiste em sobreposição de pedras de grandes espessuras para impedir que a correnteza rompa os barrancos e chegue à rodovia.

Construída com recursos federais, através do Ministério dos Transportes, a obra vai absorver recursos na ordem de R$ 13,2 milhões. O prazo de conclusão é de 180 dias. O projeto está sendo executado pela construtora ENPA. De acordo com o engenheiro Antônio Carlos Victório, serão construídos mil e cinquenta metros de contenção em toda margem do rio, entre a praia do Julião, até a proximidade da ponte Marechal Rondon. Em alguns pontos da curva do rio, conforme o engenheiro José Renato Couto de Oliveira, será realizada a sobreposição de pedras de até 8 metros de profundidade.

A mata ciliar que será retirada, durante a execução da obra, de acordo com o engenheiro José Renato, será recomposta. “Todo trabalho está sendo realizado de forma adequado com a preservação ambiental, como por exemplo, a recomposição da mata ciliar” assegurou lembrando que a maior dificuldade no início do trabalho, está sendo o transporte das pedras que estão sendo carregadas em caminhões, de uma mineradora distante 23 quilômetros do local do local. Responsável pela unidade do DNIT no município, o engenheiro Antônio Carlos, avalia que essa é uma das maiores obras do departamento na região. “Além da importância, essa é uma das maiores obras do DNIT na região dos últimos tempos”.

A erosão da barranca do rio é provocada pela velocidade da correnteza da água, principalmente, em período de cheia. A situação chegou a ser preocupante. Estudo realizado da UNESP, UFMT e UNEMAT, em 2006 constatou-se que a erosão em direção a rodovia, estaria aumentando, em média de 3 a 5 metros por ano. No mês de maio desde ano, a aproximação da água, chegou a menos de 5 metros da rodovia, fazendo surgir, inclusive, fissuras aumentando a possibilidade de um possível rompimento, o que causaria danos incalculáveis para toda região.

A preocupação e a demora para o início do trabalho, levou o Ministério Público Federal a propor uma Ação Civil Pública contra o Dnit e a Ecoplan Engenharia, cobrando a realização de ações emergências para solução do problema. De acordo com o MPF, em 2012 a Ecoplan havia vencido a licitação para elaboração do projeto de contenção das erosões. Depois de pronto, o Dnit precisaria contratar outra empresa para executar as obras o que até então não havia acontecido.

“O Dnit ficou inerte por quase oito anos sem providenciar qualquer proteção emergencial para a rodovia. O que aconteceu foi um aumento significativo dos efeitos da erosão sobre o ponto que dá sustentação à ponte Marechal Rondon. Em 2007 eram 60 metros, hoje são menos de 15 metros entre a margem do rio e a rodovia” afirmou o procurador da República Thales Fernando Lima, na ação afirmando que “a rodovia interliga toda a região ao sudoeste e oeste de Mato Grosso e é um dos principais caminhos que ligação com Rondônia. A interdição pela erosão alcançaria prejuízos ainda não calculáveis tanto para a economia quanto para a população”.

 

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