Tenho visto nas redes sociais campanhas pela volta de palavras gentis. “Muito obrigada, com licença, bom dia, por favor”...termos que parecem ter caído em desuso. Para mim, são palavras mágicas, que transformam comportamentos, que mudam situações. Quando vi o quadrinho da campanha pela primeira vez, me lembrei de meus filhos quando pequenos. “Manhê!!!!!! Quero leite.”. E eu nem me movia. Um pedido, dois, três, até caírem em si: “ah, a palavrinha mágica....Manhê, por favor, prepara leite prá mim?”. Aí sim. E eu sempre ensinando...até hoje faço o mesmo, agora com as netas. E com eles também, ainda, se for preciso. Eles se lembram e brincam dizendo que estou esperando ouvir a “palavrinha mágica”. O resultado foi muito bom. Gosto de vê-los atendendo alguém, solícitos, educados. Vejo que valeu a pena. Tentei educar da forma que fui educada, repassar valores que aprendi e que acho que devem continuar sendo repassados. Especialmente o respeito a todos, e principalmente aos mais velhos. Regra básica. Como é ruim você dar um bom dia e não ouvir resposta, ou dar passagem a alguém que quase o atropela. No trânsito então, buzinar demonstrando pressa e irritação é o fim. Encontrar no trabalho colegas de cara amarrada, quando um gesto de delicadeza pode mudar o quadro... Mas o mundo moderno mudou e o tempo levou com ele a gentileza; hoje o que vemos é a correria, a falta da sensibilidade! A pressa do Dia a dia não permite a prática, mas no fundo as pessoas sabem (creio eu que saibam) o quanto é bom parar um pouco, respirar fundo, sentir a brisa, olhar o céu e então seguir adiante. Nada vai parar por causa disto. Só elas. Vão parar, recuperar o fôlego, sentir que tudo vale a pena e seguir adiante. Mais fortes, mais decididas e mais felizes. Sabem como é bom receber um sorriso. Sabem como é bom falar sabendo que o outro realmente está ouvindo. Para quem não exerce a prática da delicadeza: você não imagina o poder de transformação contido num gesto de carinho, num abraço, num sorriso, num estender de mãos. Então...bom dia a você que lê estas minhas palavras, por favor desculpe pela simplicidade, me dê licença para a despedida e muito obrigada pela atenção! Fácil, não é? *jornalista em Cáceres