Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Apreensão de 'encomenda do Comando Vermelho' mobiliza federais em MT
Por João Arruda/Jornal Cacerense
15/07/2012 - 11:09

Foto: arquivo
A vultosa apreensão de 324 quilos de pasta base de cocaína ocorrida há uma semana na Fazenda Aguacerito, em Cáceres, Oeste de Mato Grosso, foi uma demonstração de união das forças policiais que atuam na região da fronteira entre Mato Grosso e o território boliviano. A droga apreendida apresentava em todos os tabletes um código (logomarca) com a seguinte inscrição em alto relevo:IN05. Agora, os federais estão mobilizados na região, investigando eventuais carregamentos. Conforme agentes federais revelaram, a padronização do entorpecente apreendido, é feita quando é oriunda de cartéis colombianos ou peruanos. Não é comum a apreensão de cocaína com esses códigos. A droga seria uma encomenda do Comando Vermelho, facção criminosa que atua no Rio de Janeiro, nos moldes do Primeiro Comando da Capital, o PCC, em São Paulo. Para se chegar até a Fazenda aonde a droga foi depositada, os policiais federais obtiveram apoio da Policia Militar e da Policia Ambiental. Os dois peões da fazenda permanecem presos. Mais dois homens que agem em diversas fazendas no Pantanal, responsáveis por cooptar os empregados dessas propriedades rurais para cederam pistas de pouso ou mesmo recolherem as remessas de cocaína jogadas por aeronaves, também devem ser. A decretação do pedido de prisão deles devem ocorrer nas próximas horas. O delegado Josean Severo por ocasião da apreensão e da prisão dos dois vaqueiros já havia antecipado que os desdobramentos das investigações poderiam acarretar em novas prisões dos demais cúmplices com essa atividade criminosa. O proprietário da Aguacerito, Selden Silva, compareceu espontaneamente a sede da Policia Federal se colocando a disposição das autoridades para esclarecimentos. Selden Silva é filho de pecuarista, natural de Cáceres, sendo de domínio publico a sua conduta ilibada. Enquanto o efetivo da PF se esforça para fiscalizar a extensa área de fronteira de Cáceres até Rondônia, o prédio que deveria abrigar a estrutura da delegacia encontra-se totalmente paralisado desde 2009, quando a empresa responsável abandonou o canteiro de obras.
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