O desentendimento entre o vereador Edmilson Campos (PR) e o prefeito Francis Maris Cruz (PMDB) pode “respingar” nos demais integrantes da Câmara.
Descontente, por o vereador convidar agentes do GAECO para acompanhar os esclarecimentos da secretária de Educação, Nelci Longhi, nesta segunda-feira, sobre a contratação da empresa Carneiro e Carvalho LTDA, para reforma das escolas Izabel Campos e Dom Máximo, cuja empreiteira é investigada por suposta fraude, em obras em Várzea Grande, o prefeito taxou, indiretamente, os vereadores de palhaços.
“Estão armando um circo, com narizes pintados para fazer o povo rir” disse referindo-se ao requerimento assinado por todos os vereadores convocando a secretária para explicar a contratação. Francis disse que, Nelci Longhi compareceu, espontaneamente, à Câmara para fazer as explicações necessárias. Porém, segundo ele “os vereadores não aceitaram porque não havia público, para que pudessem aparecer”.
A secretária foi convocada, oficialmente, para fazer os esclarecimentos na última segunda-feira (1). Porém, não compareceu. Em nota emitida pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura, ela disse que, nessa data, estaria participando de um encontro com dirigentes municipais de Educação, promovido pela Undime, fora do município. E, que estaria à disposição para a explicação, nesta segunda-feira.
O prefeito disse que, a administração não tem nada a temer porque, segundo ele, o trabalho realizado pela empreiteira, em Cáceres, está dentro da normalidade. Diz que não existe irregularidade e tampouco superfaturamento, como insinuam. “O trabalho está sendo fiscalizado pela prefeitura. Não existe nenhuma irregularidade e tampouco superfaturamento. Portanto, não temos nada a temer. A secretária estará lá para fazer esses esclarecimentos”.
Francis reafirmou que a prefeitura irá manter os contratos já firmados com a empresa, através de adesão de ata, para conclusão das reformas das escolas. No entendimento do prefeito, a orientação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) foi para que a prefeitura não fizesse novas adesões. “O que o TCE recomendou foi para que não fizéssemos novas adesões. E, isso a prefeitura cumpriu. Tanto é que cancelamos os contratos para reformas de mais 16 unidades escolares com essa empresa. Não consta na orientação, nenhuma determinação para suspender os contratos já firmados”.
Autor do convite para ao Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado, o vereador Edmilson Campos diz que, a presença dos agentes na sessão será necessária a partir do momento em o prefeito reafirma a manutenção dos contratos com a empresa, apesar das investigações do Ministério Público e da recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que inclusive expediu medida cautelar no ultimo dia 25, proibindo a prefeitura de Cáceres de aderir à ata sob investigação.