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Hospital São Luiz:se o governo não fizer o repasse do SUS, médicos param a qualquer momento
Por Diário de Cáceres com informações do Jornal Expressão
28/01/2015 - 15:02

Foto: Ronivon Barros

O diretor do Hospital São Luiz, Onair Nogueira, confirmou no início da tarde de hoje, 28,que “está bem forte o aviso dos médicos que atendem na unidade pelo Sistema Único de Saúde, de que irão parar de atender, pois estão há quatro meses sem receber”. Onair disse que está esperando o repasse do SUS, através do Estado, em caráter de urgência, para que a situação se resolva a tempo, evitando a paralisação.

Segundo divulgou o Jornal Expressão na última semana,” médicos pediatras, obstetras, clínicos gerais e cirurgiões, além de atendentes do Hospital São Luiz, em Cáceres, ameaçam, mais uma vez, suspender as atividades por falta de pagamentos. A suspensão das consultas e cirurgias eletivas pode acontecer a qualquer momento”.
Desde o mês de setembro do ano passado, o governo do Estado não efetua os repasses devidos ao hospital e o débito já chega a R$ 5 milhões. Se confirmada a paralisação, será a primeira neste ano, sob o governo de Pedro Taques.

Em 2014, por pelo menos três vezes as consultas e cirurgias foram suspensas, temporariamente, pelo atraso nos repasses dos recursos pela Secretaria de Saúde. A situação é preocupante, levando em conta que cerca de 90% dos procedimentos realizados pelo hospital é da rede pública.

O hospital realiza, em média, 570 internações, 750 consultas e 250 cirurgias eletivas, pelo SUS, mensalmente. “Infelizmente, quem mais será prejudicado serão os pacientes mais humildes que necessitam de atendimento pela rede pública, já que a maioria dos atendimentos do hospital é pelo SUS”, afirma um médico. Considerado o maior da região, o hospital São Luiz atende pacientes de 23 municípios e até de Rondônia e da Bolívia.

Em reunião com seu secretariado na tarde de ontem,27, o governador Pedro Taques orientou que todas as pastas de unam para dar suporte à Secretaria Estadual de Saúde. A questão foi elencada como prioritária pelo governador.

 

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