Tudo leva a crer que a derrota do candidato do PT `a Presidencia da Câmara Federal, que contava com o apoio declarado da Presidente Dilma e de vários de seus ministros, incluindo o chamado “núcleo duro do governo” é mais uma etapa da crise que abala as estruturas do poder em Brasília.
A re-eleição de Renan Calheiros para a presidência do Senado, aliado do Governo Dilma, longe de ser uma vitória, pode ser considerada como a capitulação do PT e um distanciamento maior de seu projeto de poder, onde se inclui a volta de Lula; é muito mais o fortalecimento da banda fisiológica do PMDB, onde Sarney passou a ser substituido pelo Senador de Alagoas.
A vitória esmagadora de Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro, para a Presidência da Câmara, além de uma derrota enorme para Dilma, vai ser uma pedra no sapato da Presidente pois o mesmo já disse várias vezes e suas ações em passado recente quanto era Líder do PMDB na Câmara não deixam dúvidas de que não está disposto a ser “pau mandado” do Governo e não aceita que a Câmara seja um “puxadinho” do Planalto, onde todos da base do governo só sabem dizer amém.
Diferente da última legislatura quando as CPI e CPMI que deveriam investigar a Petrobrás foram transformadas em um grande circo, uma vergonha, graças `as pressões e patrolamento do Governo, a próxima CPI que já foi requerida pela oposição deverá ser um foro de investigação mais sério e com certeza os polítcos corruptos que estão com indícios de envolvimento na roubalheira da Petrobrás e principalmente o PT, deverão sofrer muitas pressões tanto do Congresso quanto da opinião pública.
Para piorar a situação as investigações da operação Lava Jato a cada dia chegam mais próximas do coração do governo. Com a prisão de altos executivos de grandes empreiteiras, pessoas que representam grupos econômicos poderosos e que já deixaram claro em depoimentos, que não desejam ter a mesma sorte de Marcos Valério, operador do Mensalão, que acabou sendo condenado a mais de 40 anos , em regime fechado, enquanto a cúpula do PT, onde alguns de seus integrantes eram considerados como chefes do esquema já estão praticamente soltos, agora no caso do PETROLÃO tais executivos não estão titubeando em dizer que o esquema de corrupção era direcionado para financiar campanhas eleitorais, partidos e políticos que tinham um projeto de poder, vale dizer, governos Lula e Dilma.
Nesta sequência, a celeuma na divulgação do balanço trimestral da Petrobrás, que acaba de derrubar Graça Foster e toda a diretoria da Estatal, revela que a corrupção pode chegar a mais de CEM BILHÕES DE REAIS, além da desvalorizaçao do patrimônio da petroleira em mais de trezentos bilhões de reais.
Em algum momento a opinião pública vai acabar associando esses e outros escândalos com quem tem o poder de nomear e demitir dirigentes de estatais e ministros, enfim, lotear e aparelhar a administração pública. Da mesma forma que a comissão da verdade chegou a `a conclusão que o que aconteceu durante os governos militares, mesmo que tais atos tenham sido cometidos por militares subalternos a responsabilidade teria sido dos generais-presidentes, também no caso da corrupção da Petrobrás, parte da responsabiliade poderá vir a cair sobre os ombros e as cabecas dos integrantes do Conselho de Adminnistração da Estatal, pelo fato de no meio empresarial o Conselho de Administração é quem dá a última palavra. No caso Enron, nos EUA o chefão daquela multinacional foi condenado a mais de 40 anos de prisão e teve seu patrimônio confiscado, juntamente com todos os integrantes da direção.
Ontem, quinta feira, quando o PT está prestes a comemorar 35 anos de fundação, a Polícia Federal teve que pular o muro para “conduzir” coercitivamente, o Tesoureiro do PT, Vacari Neto, para pretar depoimento sobre acusacão de um dos envolvidos na operação Lava Jato, de que o mesmo teria recebido mais de 200 milhões de reais ou dólares, como caixa dois, com a finnalidade de finnanciar campanhas de candidatos do PT. Antes, durante o MENSALÃO, um outro tesoureiro do PT, Delúbio Soares acabou condenado e preso na PAPUDA por envolvimento com corrupção. Parece que após a chegado do PT ao Poder o mesmo acabou igualando-se aos demais partidos que sempre eram criticados quando Lula ainda não era Presidente da República. Percebe-se que os tempos mudam e as práticas também.
Com certeza este segundo mandato da Presidente Dilma vai ser marcado muito mais do que o primeiro por escândalos que aos poucos virão a tona, sejam os desdobramentos da operação Lava Jato sejam por outros casos em outros setores da administração, como obras do PAC, da COPA, setor elétrico, bancos oficiais, dívida pública e outros mais.
Assim podemos dizer que a vaca já está no brejo e cada vez vai ficar mais atolada no lamaçal,, cujas consequências devem afetar profundamente o desempenho e a imagem do governo Dilma tanto no Brasil quanto no exterior, envergonhando ainda mais o povo brasileiro.